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terça-feira, 31 de julho de 2012

Famalicenses vão pagar menos de IMI

Medida contempla proprietários com prédios já avaliados no âmbito do  programa do Governo de Reavaliação Geral de Prédios Urbanos

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai aliviar em trinta por cento a  fatura do IMI- Imposto Municipal sobre Imóveis  dos cidadãos, cujos prédios urbanos foram já alvo de avaliação ao abrigo da Reavaliação Geral de Prédios Urbanos. O Orçamento do Estado para 2012 prevê que os municípios possam cobrar o imposto nos termos do CIMI - Código do Imposto Municipal sobre Imóveis,  até ao máximo de 0,5%, tendo Vila Nova de Famalicão optado por fixar a taxa em 0,35%, número próximo do mínimo estipulado (0,3%)  e inferior 0,05% ao que o município cobrou no ano transacto.
Por outro lado,  a autarquia famalicense vai atenuar as  diferenças de valor entre os prédios avaliados e não avaliados, aumentando 0,05% a taxa  a pagar pelos proprietários destes últimos em relação ao ano passado, valor ainda assim 0,05% inferior ao máximo definido pelo orçamento de estado.  A taxa fixada em Vila Nova de Famalicão para 2012 é assim de 0,75% para os não avaliados.
A decisão foi tomada em reunião do executivo municipal, tendo sido aprovada pela maioria do colectivo autárquico. “Não se trata de premiar uns e castigar outros, mas antes de introduzir alguma justiça no pagamento do IMI”, refere o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa. E explica: “Os proprietários cujos prédios ainda não foram avaliados são taxados por valores desajustados da realidade, enquanto que os já avaliados pagam com base em valores actualizados e, consequentemente, bastante superiores, criando uma situação injusta, porque desigual.”  
O presidente fala assim em “discriminação positiva”  para explicar a diferença de critérios, referindo ainda que o número dos prédios avaliados crescerá de forma significativa ao longo dos próximos tempos, à medida em que o processo de Reavaliação Geral de Prédios Urbanos vai sendo desenvolvido. “Este é um processo que, ao contrário de muitas autarquias  do país, desde a primeira hora encarámos de forma positiva, uma vez que o seu desenvolvimento vai permitir acabar a curto/médio prazo com o grupo dos não avaliados, que gozavam de uma situação francamente mais confortável do que os avaliados, tendo em conta a desactualização das avaliações das suas propriedades. É uma injustiça fiscal que é atacada”, acrescenta Armindo Costa, que acredita que até ao final do ano o processo estará já muito próximo do fim.
                                                                                                    Filomena Lamego



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