domingo, 31 de janeiro de 2010
Urbanização das Bétulas
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, visita amanhã, pelas 16h30, as obras de construção da Urbanização das Bétulas, em Calendário, um equipamento que prevê o realojamento das 30 famílias de etnia cigana, num total de 135 pessoas, que vivem em barracas degradadas junto à Estação de Caminhos-de-Ferro.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Jornadas dedicadas à economia e pobreza
Pedro Mota Soares líder parlamentar e o eurodeputado e presidente da distrital do CDS/PP, Nuno Melo vão abrir o programa oficial das jornadas dedicadas à economia e pobreza que decorrem na próxima terça-feira, em Braga. Apesar dos trabalhos começarem oficialmente na terça-feira, os deputados da bancada democrata-cristã iniciam as actividades na segunda-feira.
Para Famalicão está prevista uma reunião, ao final da tarde com associações de agricultores e produtores de leite que culmina com uma visita à Fagricoop (Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite.
Filomena Lamego
Para Famalicão está prevista uma reunião, ao final da tarde com associações de agricultores e produtores de leite que culmina com uma visita à Fagricoop (Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite.
Filomena Lamego
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
USF de Ribeirão poderá estar a funcionar dentro de meio ano
A Unidade de Saúde Familiar de Ribeirão, para cuja proposta já foi apresentada e aprovada, poderá estar em funcionamento dentro de seis/sete meses. A novidade foi avançada há momentos pelo Director do Centro de Saúde de Famnalicão, Paulo Oliveira, durante uma visita do Governador Civil de Braga à Extensão de Saúde daquela vila.
No começo a nova USF deverá contar com cinco médicos, cinco enfermeiros e quatro funcionários administrativos, prevendo-se, no entanto, um crescimento que poderá chegar aos sete médicos.
Paulo Oliveira frisou que esta USF, à semelhança das outras, permitirá ganhos de eficiência que se vão repercutir numa melhoria da capacidade de resposta aos utentes, que ao todo são neste momento 10.850 8número avançados pela Coordenadora da Extensão, Graça Cardoso).
O modelo organizativo, assente na intersubstituição dos clínicos de modo a que o atendimento em pleno se assegure sempre no período entre as 08h00 e as 20h00, é apontado como o segredo do sucesso destas unidades, que em média têm permitido um ganho de 1.300.
No começo a nova USF deverá contar com cinco médicos, cinco enfermeiros e quatro funcionários administrativos, prevendo-se, no entanto, um crescimento que poderá chegar aos sete médicos.
Paulo Oliveira frisou que esta USF, à semelhança das outras, permitirá ganhos de eficiência que se vão repercutir numa melhoria da capacidade de resposta aos utentes, que ao todo são neste momento 10.850 8número avançados pela Coordenadora da Extensão, Graça Cardoso).
O modelo organizativo, assente na intersubstituição dos clínicos de modo a que o atendimento em pleno se assegure sempre no período entre as 08h00 e as 20h00, é apontado como o segredo do sucesso destas unidades, que em média têm permitido um ganho de 1.300.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Câmara: orçamento de 94,3 milhões aprovado ontem
A maioria da coligação PSD/PP, que sustenta o executivo da Câmara Municipal aprovou ontem o Plano de Actividades e Orçamento para 2010.
Em nota de imprensa a autarquia adianta que este ano contará com um exercício global de 94,3 milhões de euros, tratando-se este orçamento do "maior de sempre". Veirifica-se um aumento de três milhões de euros em relação a 2009, sendo que a maior fatia do investimento vai para o sector da Educação, que consome 9,5 milhões de euros. Em matéria de investimento destaque ainda para a canalização de 5,6 milhões de euros para a rede viária, e 5,1 milhões para ordenamento do território. Segundo o documento, até 2012 será também efectuado um investimento de dez milhões de euros em redes de abastecimento de água e saneamento, num processo que segundo o executivo conclui o ciclo de infra-estruturas no concelho.
Os quatro vereadores do PS abstiveram-se, assumindo de resto a posição que sempre têm adoptado em matéria de orçamento.
Em nota de imprensa a autarquia adianta que este ano contará com um exercício global de 94,3 milhões de euros, tratando-se este orçamento do "maior de sempre". Veirifica-se um aumento de três milhões de euros em relação a 2009, sendo que a maior fatia do investimento vai para o sector da Educação, que consome 9,5 milhões de euros. Em matéria de investimento destaque ainda para a canalização de 5,6 milhões de euros para a rede viária, e 5,1 milhões para ordenamento do território. Segundo o documento, até 2012 será também efectuado um investimento de dez milhões de euros em redes de abastecimento de água e saneamento, num processo que segundo o executivo conclui o ciclo de infra-estruturas no concelho.
Os quatro vereadores do PS abstiveram-se, assumindo de resto a posição que sempre têm adoptado em matéria de orçamento.
Sandra Ribeiro Gonçalves
87 militantes
Antes de mais gostaria de felicitar o Jornal Povo Famalicense pela criação deste blog. Espaços onde se discutem sem anonimatos hipócritas, de forma aberta, crítica e frontal, problemas de Famalicão e dos famalicenses fazem falta como pão para a boca. Mas vamos ao que me trouxe aqui.
Preocupa-me pessoalmente viver numa democracia assente em pés de barro, que é como quem diz, em estruturas partidárias por vezes mais representativas dos respectivos dirigentes do que dos militantes/cidadãos. Concordo, por isso, com muita da prosa que Carlos Sousa tem escrito nos últimos tempos sobre o assunto. Os 87 militantes do PSD que elegeram Mário Passos & Cia não escolheram um homem qualquer. Elegeram a pessoa que habitualmente escolhe um dos dois potenciais futuros presidentes da Câmara, escolheram a(s) pessoa (s) que decide quem são os candidatos/presidentes de Junta e provavelmente deputados de Famalicão para a AR. E sabemos que escolheram ainda muito mais do que isto…
Ou seja, uma boa parte da vida dos 130 mil famalicenses estará determinada pelo que pensarem, discutirem, decidirem e ordenarem estes senhores escolhidos por estes 87 militantes. Se pensarem, decidirem e ordenarem mal estamos tramados.
Mas o surpreendente não é que Mário Passos tenha sido eleito por 87 militantes no PSD ou Fernando Moniz por um pouco mais no Partido Socialista. Só fica espantado quem não sabe como se organizam os partidos, sobretudo a nível local. Inacreditável é o tranquilo conformismo com que militantes e simpatizantes dos partidos assistem a tudo isto. Inacreditável é a ausência quase total de massa crítica quer no sistema político-partidário quer na Sociedade Civil em geral. No PSD (com excepção de um ou outro dessidente) não se conhecem vozes críticas do partido ou do poder que decide as tarifas de água e saneamento, o IMI ou os investimentos nas freguesias. No PS sobram dedos das mãos para contar o número de militantes/simpatizantes que tomaram posição pública crítica, por exemplo, relativamente ao desaire eleitoral de Outubro (já aqui escrevi sobre o assunto) ou relativamente ao modo como o partido vem sendo conduzido nos últimos 20 anos. Isto quando estamos a poucos meses de um novo acto eleitoral.
O filósofo português José Gil (em Portugal Hoje, o Medo de Existir) vai buscar ao Antigo Regime as raízes deste adormecimento colectivo. Lá terá a sua razão. Diz ele que, «trinta anos depois do fim do regime do medo, convivemos ainda com ele. (…) O medo é medo do poder mas também da impotência própria diante do poder. (…) Se não afastarmos agora o nevoeiro que ameaça novamente toldar o nosso olhar, poderá ser demasiado tarde quando nos apercebermos que nos encurralaram num beco.»
Por isso - como disse em tempos Manuel Alegre, sobre o Partido Socialista - é urgente acordar.
Preocupa-me pessoalmente viver numa democracia assente em pés de barro, que é como quem diz, em estruturas partidárias por vezes mais representativas dos respectivos dirigentes do que dos militantes/cidadãos. Concordo, por isso, com muita da prosa que Carlos Sousa tem escrito nos últimos tempos sobre o assunto. Os 87 militantes do PSD que elegeram Mário Passos & Cia não escolheram um homem qualquer. Elegeram a pessoa que habitualmente escolhe um dos dois potenciais futuros presidentes da Câmara, escolheram a(s) pessoa (s) que decide quem são os candidatos/presidentes de Junta e provavelmente deputados de Famalicão para a AR. E sabemos que escolheram ainda muito mais do que isto…
Ou seja, uma boa parte da vida dos 130 mil famalicenses estará determinada pelo que pensarem, discutirem, decidirem e ordenarem estes senhores escolhidos por estes 87 militantes. Se pensarem, decidirem e ordenarem mal estamos tramados.
Mas o surpreendente não é que Mário Passos tenha sido eleito por 87 militantes no PSD ou Fernando Moniz por um pouco mais no Partido Socialista. Só fica espantado quem não sabe como se organizam os partidos, sobretudo a nível local. Inacreditável é o tranquilo conformismo com que militantes e simpatizantes dos partidos assistem a tudo isto. Inacreditável é a ausência quase total de massa crítica quer no sistema político-partidário quer na Sociedade Civil em geral. No PSD (com excepção de um ou outro dessidente) não se conhecem vozes críticas do partido ou do poder que decide as tarifas de água e saneamento, o IMI ou os investimentos nas freguesias. No PS sobram dedos das mãos para contar o número de militantes/simpatizantes que tomaram posição pública crítica, por exemplo, relativamente ao desaire eleitoral de Outubro (já aqui escrevi sobre o assunto) ou relativamente ao modo como o partido vem sendo conduzido nos últimos 20 anos. Isto quando estamos a poucos meses de um novo acto eleitoral.
O filósofo português José Gil (em Portugal Hoje, o Medo de Existir) vai buscar ao Antigo Regime as raízes deste adormecimento colectivo. Lá terá a sua razão. Diz ele que, «trinta anos depois do fim do regime do medo, convivemos ainda com ele. (…) O medo é medo do poder mas também da impotência própria diante do poder. (…) Se não afastarmos agora o nevoeiro que ameaça novamente toldar o nosso olhar, poderá ser demasiado tarde quando nos apercebermos que nos encurralaram num beco.»
Por isso - como disse em tempos Manuel Alegre, sobre o Partido Socialista - é urgente acordar.
Sérgio Cortinhas
Famalicão e política
O blogue famalicão e política está moribundo; basta olhar para os largos intervalos temporais entre posts para se perceber isso. O post de 09 de Janeiro bem pode ter sido um grito de socorro.
Ora, justamente, eu tinha ouvido, por interposto amigo, a um dirigente laranja, a afirmação de que “aquilo é para acabar”, se não estou em erro porque o mesmo dirigente dizia conhecer a identidade do principal “alimentador” do blogue – alguém que dependeria organicamente do poder constituído no Município.
É pena! Embora não concorde com o tom geral do blogue, e menos ainda com o conteúdo de muitos comentários lá publicados, acho que é uma perda irreparável para a liberdade de expressão: afinal, Democracia significa, também, convivermos com as ideias dos outros, por mais despenteadas que elas nos pareçam. E a confirmar-se o rumor, é caso para lamentar duplamente, porque estaremos em presença de mais um condenável episódio de prepotência.
Ora, justamente, eu tinha ouvido, por interposto amigo, a um dirigente laranja, a afirmação de que “aquilo é para acabar”, se não estou em erro porque o mesmo dirigente dizia conhecer a identidade do principal “alimentador” do blogue – alguém que dependeria organicamente do poder constituído no Município.
É pena! Embora não concorde com o tom geral do blogue, e menos ainda com o conteúdo de muitos comentários lá publicados, acho que é uma perda irreparável para a liberdade de expressão: afinal, Democracia significa, também, convivermos com as ideias dos outros, por mais despenteadas que elas nos pareçam. E a confirmar-se o rumor, é caso para lamentar duplamente, porque estaremos em presença de mais um condenável episódio de prepotência.
Carlos de Sá
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Alunos na “pele” de atletas para-olímpicos
Alunos na “pele” de atletas para-olímpicosO Grupo de Estágio de Educação Física da Escola Secundária Camilo Castelo Branco com a parceria da APD de Braga realizou, recentemente, no Pavilhão Municipal, uma actividade intitulada “Desporto Para Todos”. Mais uma vez, solidários com esta causa, desenvolveram demonstrações / actividade com o objectivo de sensibilizar a Comunidade Escolar para diferentes realidades da prática desportiva, através de uma modalidade desportiva adaptada. Participaram aproximadamente 150 alunos (entre participantes activos e alunos que assistiram); Os objectivos previstos foram alcançados, proporcionando aos alunos uma vivência através da prática, das dificuldades do desporto adaptado; A actividade decorreu num ambiente agradável de convívio, onde a competição esteve sempre presente. A grande motivação evidenciada por todos os participantes, exigiu uma organização mais “cuidada”, limitando o tempo de jogo de cada equipa, para permitir que todos os interessados pudessem participar. De salientar o facto da importância em promover actividades como esta, mostrando aos alunos que apesar de existirem alguns condicionalismos, é possível contorná-los, conseguindo adoptar um estilo de vida activa.
Filomena Lamego
Governador Civil Visita Instituições
O Governador Civil de Braga, Fernando Moniz, visita amanhã, as futuras instalações da Unidade de Saúde Familiar de Ribeirão junto à Junta de Freguesia.
A visita está marcada para as 10 horas seguindo-se uma outra visita ao Centro Social de Ribeirão.
A visita está marcada para as 10 horas seguindo-se uma outra visita ao Centro Social de Ribeirão.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
PIDDAC: Famalicão é o quarto concelho do distrito que menos recebe
O PIDDAC é "instrumento de financiamento das Câmaras socialistas". É desta forma que o presidente da Câmara reagiu hoje à proposta de PIDDAC apresentada pelo Governo, que prevê para Famalicão um investimento de apenas 348 mil euros, verba destinada ao alargamento do Palácio da Justiça, para que possa acolher as Conservatórias do Registo Predial, Comercial e Civil.
No final da reunião pública do executivo, que terminou há minutos, Armindo Costa mostrava-se desagradado com o volume do investimento que o Governo admite canalizar para o concelho por intermédio do PIDDAC, assumindo a descriminação política que o documento demonstra. Famalicão, apesar de ser dos concelhos com maiores índices de produção de riqueza do distrito de Braga, é o quarto que menos recebe.
O edil famalicense mostrou-se ainda céptico quanto à concretização do único investimento previsto, mas frisou, contudo, que "há mais vida para além do PIDDAC". Assumia assim o seu optimismo quanto à realização de obras como a Variante à EN 14 (que liga Famalicão à Trofa), que não estando inscrita no documento acredita que se concretizará.
Entretanto, o presidente não deixou de enviar uma crítica ao PS local, que ainda recentemente alegou que a maioria dos investimentos no concelho advêm do Poder Central, recomendando que reconsidere a análise, tendo por base o que o PIDDAC prevê para Famalicão.
Os jornalistas interpelaram um representante do PS para falar sobre o documento, mas uma reacção foi remetida para mais tarde.
No final da reunião pública do executivo, que terminou há minutos, Armindo Costa mostrava-se desagradado com o volume do investimento que o Governo admite canalizar para o concelho por intermédio do PIDDAC, assumindo a descriminação política que o documento demonstra. Famalicão, apesar de ser dos concelhos com maiores índices de produção de riqueza do distrito de Braga, é o quarto que menos recebe.
O edil famalicense mostrou-se ainda céptico quanto à concretização do único investimento previsto, mas frisou, contudo, que "há mais vida para além do PIDDAC". Assumia assim o seu optimismo quanto à realização de obras como a Variante à EN 14 (que liga Famalicão à Trofa), que não estando inscrita no documento acredita que se concretizará.
Entretanto, o presidente não deixou de enviar uma crítica ao PS local, que ainda recentemente alegou que a maioria dos investimentos no concelho advêm do Poder Central, recomendando que reconsidere a análise, tendo por base o que o PIDDAC prevê para Famalicão.
Os jornalistas interpelaram um representante do PS para falar sobre o documento, mas uma reacção foi remetida para mais tarde.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Sacrifícios para todos, mas não para Lisboa
É oficial, porque foi dito por António Vitorino, na sua conversa da passada segunda-feira na RTP: a ligação da Rede de Alta Velocidade (RAVE) entre Porto e Lisboa ficará a aguardar melhores dias! Culpa das restrições orçamentais e dos limites ao endividamento externo, disse o comentador e dirigente nacional do PS.
Eu até compreenderia, mal embora, esse adiamento, aparentemente sine-die; acontece é que, segundo as palavras do referido comentador, para a ligação de Lisboa ao Caia (seguindo para Madrid via Badajoz) nenhum obstáculo se levantará; como não se levantará qualquer obstáculo para a terceira travessia do Tejo (TTT).
Por mim, BASTA! Basta de canalizar todos os investimentos de monta para Lisboa! Se temos de apertar o cinto, então é justamente a região de Lisboa, que está muito acima da média nacional em todos os indicadores de bem-estar, que terá de fazer mais sacrifícios, em nome da tão propalada coesão desta manta de retalhos à beira-mar plantada. Repare-se que a ligação sacrificada é, simultaneamente, a mais necessária (pela saturação do canal actualmente existente) e a mais rentável; e que a que vai ser construída só poderá sobreviver com fortes ajudas do erário público, porque o comboio, mesmo de alta velocidade, só é competitivo em distâncias até 500 Km.
Não sei se a ligação de Braga a Vigo também será comprometida; esta, se o for, sê-lo-á provavelmente a título definitivo, porque não vislumbro maneira de a fazer arrancar depois de perdermos o acesso aos fundos comunitários; e do lado da Galiza as obras estão muito adiantadas, podendo bem acontecer que, se do lado de cá se hesitar muito, fique irremediavelmente comprometido o troço de Vigo à fronteira.
Eu até compreenderia, mal embora, esse adiamento, aparentemente sine-die; acontece é que, segundo as palavras do referido comentador, para a ligação de Lisboa ao Caia (seguindo para Madrid via Badajoz) nenhum obstáculo se levantará; como não se levantará qualquer obstáculo para a terceira travessia do Tejo (TTT).
Por mim, BASTA! Basta de canalizar todos os investimentos de monta para Lisboa! Se temos de apertar o cinto, então é justamente a região de Lisboa, que está muito acima da média nacional em todos os indicadores de bem-estar, que terá de fazer mais sacrifícios, em nome da tão propalada coesão desta manta de retalhos à beira-mar plantada. Repare-se que a ligação sacrificada é, simultaneamente, a mais necessária (pela saturação do canal actualmente existente) e a mais rentável; e que a que vai ser construída só poderá sobreviver com fortes ajudas do erário público, porque o comboio, mesmo de alta velocidade, só é competitivo em distâncias até 500 Km.
Não sei se a ligação de Braga a Vigo também será comprometida; esta, se o for, sê-lo-á provavelmente a título definitivo, porque não vislumbro maneira de a fazer arrancar depois de perdermos o acesso aos fundos comunitários; e do lado da Galiza as obras estão muito adiantadas, podendo bem acontecer que, se do lado de cá se hesitar muito, fique irremediavelmente comprometido o troço de Vigo à fronteira.
Carlos de Sá
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
PJ e GNR identificam e detêm alegado autor de assalto à mão armada em Joane
A Polícia Judiciária deteve hoje o presumível autor de um roubo à mão armada ocorrido cerca das 16H30 do dia de ontem, na vila de Joane. O detido é um jovem de 19 anos, desempregado, e sem antecedentes criminais.
A vítima do roubo, de anos de idade, terá sido atraído por um outro menor da mesma idade a um local ermo “onde o agora detido, ameaçando-a com uma arma de pressão de ar em tudo idêntica a arma de fogo, lhe subtraiu uma bicicleta no valor de cerca de 2.000 euros e um telemóvel no valor de 200 euros”, refere a PJ em comunicado. Conhecido da vítima, o alegado autor do crime “encobriu o seu rosto com um capuz e um cachecol.”
As diligência efectuadas no sentido de identificar e deter o jovem, numa acção de contou com a colaboração da GNR de Joane, permitiram recuperar os objectos subtraídos. Foi também apreendido “o capuz, o cachecol e a arma utilizada no cometimento do crime”.
O alegado autor do roubo foi hoje ainda presente ao Tribunal para primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.
A vítima do roubo, de anos de idade, terá sido atraído por um outro menor da mesma idade a um local ermo “onde o agora detido, ameaçando-a com uma arma de pressão de ar em tudo idêntica a arma de fogo, lhe subtraiu uma bicicleta no valor de cerca de 2.000 euros e um telemóvel no valor de 200 euros”, refere a PJ em comunicado. Conhecido da vítima, o alegado autor do crime “encobriu o seu rosto com um capuz e um cachecol.”
As diligência efectuadas no sentido de identificar e deter o jovem, numa acção de contou com a colaboração da GNR de Joane, permitiram recuperar os objectos subtraídos. Foi também apreendido “o capuz, o cachecol e a arma utilizada no cometimento do crime”.
O alegado autor do roubo foi hoje ainda presente ao Tribunal para primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Didáxis de S. Cosme: silêncio inspirou solidariedade com o povo haitiano
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Um minuto foi de silêncio, na Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis, numa iniciativa de solidariedade para com as vítimas do terramoto do Haiti que teve lugar hoje.Esta acção, promovida pelo núcleo de solidariedade da escola, visou “sensibilizar os alunos para a causa e principalmente para os fazer pensar e reflectir”, refere o comunicado enviado às redacções a propósito. Num momento cheio de simbolismo a campainha da Escola tocou e, durante um minuto, representantes das turmas, professores e directores levaram uma vela para ao lado do monumento da Família”.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Crise governativa na Junta de Riba de Ave: semana determinante
Deverá estar próximo do fim o impasse governativo na autarquia de Riba de Ave. Ao que O Povo Famalicense conseguiu apurar, por estes dias terá lugar uma reunião definitiva entre coligação PSD/PP e CDU, de onde poderá sair, ou não,um acordo que viabilize um executivo para a Junta e Mesa para a Assembleia de Freguesia. Uma coisa é certa, o futuro próximo da freguesia ficará definido.
A este ponto apenas um acordo entre aquelas duas forças políticas, afastada que está uma tentativa de aproximação ao PS, poderá evitar o cenário de eleições intercalares, a marcar a partir de 11 de Abril, ou que a Junta se mantenha até ao final do mandato em gestão corrente.
À luz da actual lei a situação governativa em Riba de Ave bem pode ser levada até ao final do mandato, uma vez que apenas admite marcação de eleições intercalares perante a impossibilidade de constituição de executivo, ou falta de quórum na Assembleia de Freguesia.
O primeiro cenário está posto de parte pelo PSD/PP, uma vez que os eleitos já afirmaram que não vão demitir-se, ao passo que o segundo cenário não se verifica com a renúncia da coligação, uma vez que o quórum seria assegurado por maioria de mandatos entre PS e CDU (três e dois, respectivamente, contra quatro do PSD/PP).
(Mais na edição desta semana do Jornal O Povo Famalicense)
Sandra Ribeiro Gonçalves
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O CALIMERO
É verdadeiramente desconcertante o comportamento do Presidente da Câmara Municipal de V.N. de Famalicão sobre o processo da Variante Poente. A intriga política e a acidez afrontosa são por demais evidentes nas suas declarações em relação a novidades que só o deveriam deixar satisfeito. Ao invés de empenho e envolvimento na dinâmica necessária, para que o mais depressa possível os famalicenses tenham alternativa à congestionada N14, o autarca famalicense revelou azedume e complexos.
As afirmações do Presidente da Câmara Municipal demonstram à saciedade a sua estrutura e maneira de actuar enquanto alto responsável político. De tudo o que declarou sobre este dossier estrutural para V. N. de Famalicão são notórios os ciúmes para com a Presidente da Câmara Municipal da Trofa, bem como uma tentativa de se colocar em bicos de pés para reclamar créditos no desenrolar da obra em simultâneo com uma clara desresponsabilização pelo bom andamento da mesma.
Infelizmente, ao cabo de três mandatos, nada de novo. Os ciúmes políticos, o obstinado controlo de tudo e de todos, os conflitos institucionais, o cuidado com a propaganda e a constante fuga às responsabilidades que lhe cabem são marcas fortes daquele que detém o poder municipal desde as eleições autárquicas de 2001.
Afinal o que é que é mais importante? É saber quem tem mais informações? É observar quem dá mais conferências de imprensa? É apurar quem estudou mais ou menos o projecto? É cogitar sobre a boa fé dos vários agentes políticos envolvidos no assunto? Ou então, o que de facto é importante, é conseguir a rápida e eficaz construção da Variante Poente? Acho que os famalicenses não têm dúvidas sobre a resposta a estas questões. O que as pessoas reclamam é que os diferentes decisores políticos não esperem uns pelos outros ou que se entretenham em disputas de protagonismo absolutamente estéreis que só redundam em conflitualidade inútil e mau estar. O que os cidadãos querem é a construção da Variante Poente de forma célere, rigorosa e competente. No espaço de uma democracia que se deseja cada vez mais amadurecida e participada por cidadãos civicamente despertos e activos, o que efectivamente importa é o desenvolvimento e satisfação das necessidades. Tudo o resto é politiquice bacoca para a qual já ninguém tem paciência.
Pois bem, o Presidente da Câmara Municipal, pese embora já estar na política há muitos anos, ainda não despertou para esta realidade. Atacou a sua congénere trofense só porque esta “meteu os pés a caminho” (e não precisou de montar tenda!) e trabalhou, obtendo, com o Governo, avanços para a Variante Poente. Lançou suspeições sobre o Governo que, como o próprio admite, até o tem recebido e mantido informado. Amuou porque, desta vez, não foi ele a atirar os foguetes como tanto gosta de fazer. Recorde-se não as canas, mas as maquetas e powerpoints comprados para o Parque da Cidade, Museu do Surrealismo, Cidade Desportiva e Nova Via Intermunicipal de ligação à Continental Mabor! Até hoje tudo não passa de realidade virtual.
Resumindo, o Presidente da Câmara Municipal V. N. de Famalicão traz-me à memória o célebre personagem de banda desenhada chamado Calimero.
Para bem do nosso País, e de acordo com o que os eleitores esperam dos políticos, a irresponsabilidade, a falta de discernimento e a vitimização que caracterizam a atitude errante de Calimero perante as diferentes situações da vida não são modelo inspirador. Os Calimeros da política não nos levam a lado nenhum.
É necessário um esforço para se alcançarem consensos e responsabilidades colectivas tendentes a definir respostas para os problemas. O interesse público tem de se sobrepor aos interesses partidários conjunturais e às vaidades pessoais. Nesse sentido, como Deputado à Assembleia da República, testemunho a postura e trabalho desenvolvidos pelo Governo e por alguns partidos da oposição, designadamente o CDS/PP, no âmbito do Orçamento de Estado para 2010. A nível nacional parece-me que estamos no caminho da modernidade política. Por cá, vamos assistindo às lamentações de Calimero.
As afirmações do Presidente da Câmara Municipal demonstram à saciedade a sua estrutura e maneira de actuar enquanto alto responsável político. De tudo o que declarou sobre este dossier estrutural para V. N. de Famalicão são notórios os ciúmes para com a Presidente da Câmara Municipal da Trofa, bem como uma tentativa de se colocar em bicos de pés para reclamar créditos no desenrolar da obra em simultâneo com uma clara desresponsabilização pelo bom andamento da mesma.
Infelizmente, ao cabo de três mandatos, nada de novo. Os ciúmes políticos, o obstinado controlo de tudo e de todos, os conflitos institucionais, o cuidado com a propaganda e a constante fuga às responsabilidades que lhe cabem são marcas fortes daquele que detém o poder municipal desde as eleições autárquicas de 2001.
Afinal o que é que é mais importante? É saber quem tem mais informações? É observar quem dá mais conferências de imprensa? É apurar quem estudou mais ou menos o projecto? É cogitar sobre a boa fé dos vários agentes políticos envolvidos no assunto? Ou então, o que de facto é importante, é conseguir a rápida e eficaz construção da Variante Poente? Acho que os famalicenses não têm dúvidas sobre a resposta a estas questões. O que as pessoas reclamam é que os diferentes decisores políticos não esperem uns pelos outros ou que se entretenham em disputas de protagonismo absolutamente estéreis que só redundam em conflitualidade inútil e mau estar. O que os cidadãos querem é a construção da Variante Poente de forma célere, rigorosa e competente. No espaço de uma democracia que se deseja cada vez mais amadurecida e participada por cidadãos civicamente despertos e activos, o que efectivamente importa é o desenvolvimento e satisfação das necessidades. Tudo o resto é politiquice bacoca para a qual já ninguém tem paciência.
Pois bem, o Presidente da Câmara Municipal, pese embora já estar na política há muitos anos, ainda não despertou para esta realidade. Atacou a sua congénere trofense só porque esta “meteu os pés a caminho” (e não precisou de montar tenda!) e trabalhou, obtendo, com o Governo, avanços para a Variante Poente. Lançou suspeições sobre o Governo que, como o próprio admite, até o tem recebido e mantido informado. Amuou porque, desta vez, não foi ele a atirar os foguetes como tanto gosta de fazer. Recorde-se não as canas, mas as maquetas e powerpoints comprados para o Parque da Cidade, Museu do Surrealismo, Cidade Desportiva e Nova Via Intermunicipal de ligação à Continental Mabor! Até hoje tudo não passa de realidade virtual.
Resumindo, o Presidente da Câmara Municipal V. N. de Famalicão traz-me à memória o célebre personagem de banda desenhada chamado Calimero.
Para bem do nosso País, e de acordo com o que os eleitores esperam dos políticos, a irresponsabilidade, a falta de discernimento e a vitimização que caracterizam a atitude errante de Calimero perante as diferentes situações da vida não são modelo inspirador. Os Calimeros da política não nos levam a lado nenhum.
É necessário um esforço para se alcançarem consensos e responsabilidades colectivas tendentes a definir respostas para os problemas. O interesse público tem de se sobrepor aos interesses partidários conjunturais e às vaidades pessoais. Nesse sentido, como Deputado à Assembleia da República, testemunho a postura e trabalho desenvolvidos pelo Governo e por alguns partidos da oposição, designadamente o CDS/PP, no âmbito do Orçamento de Estado para 2010. A nível nacional parece-me que estamos no caminho da modernidade política. Por cá, vamos assistindo às lamentações de Calimero.
Nuno Sá
Deputado à Assembleia da República
Deputado à Assembleia da República
e da Assembleia Municipal
A nova liderança concelhia do PSD dá que pensar…
Mário Passos foi eleito quarta-feira líder do PSD/Famalicão com 87 votos, qualquer coisa como 4,5% dos 1918 social-democratas famalicenses filiados no partido. O agora vereador tem coragem para assumir o cargo nestas condições?, foi a primeira questão que me coloquei. O que faria eu no lugar dele?...
Estes assuntos interessam-me enquanto cidadão. Preocupa-me ver que algumas das melhores e mais respeitáveis referências social-democratas de Famalicão se afastaram da política activa ou renunciaram mesmo à condição de militante. Cidadãos por inteiro e social-democratas por convicção, como Carlos Folhadela Simões ou Edna Cardoso, por exemplo, fazem falta ao PSD que vamos tendo e acrescentam valor à democracia local.
Estas constatações incomodam; sobretudo, a quem, como eu, entende os partidos políticos como pilares fundamentais da democracia. Mas, perante este estado de coisas é impossível não questionar: em Famalicão, haverá vida cívica para lá da vidinha político-partidária?
É este o mote da minha crónica “Fio de Terra” na edição impressa de O Povo Famalicense desta semana.
Carlos de Sousa
Estes assuntos interessam-me enquanto cidadão. Preocupa-me ver que algumas das melhores e mais respeitáveis referências social-democratas de Famalicão se afastaram da política activa ou renunciaram mesmo à condição de militante. Cidadãos por inteiro e social-democratas por convicção, como Carlos Folhadela Simões ou Edna Cardoso, por exemplo, fazem falta ao PSD que vamos tendo e acrescentam valor à democracia local.
Estas constatações incomodam; sobretudo, a quem, como eu, entende os partidos políticos como pilares fundamentais da democracia. Mas, perante este estado de coisas é impossível não questionar: em Famalicão, haverá vida cívica para lá da vidinha político-partidária?
É este o mote da minha crónica “Fio de Terra” na edição impressa de O Povo Famalicense desta semana.
Carlos de Sousa
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Desemprego desceu em Novembro e Dezembro
Segundo o Boletim Estatístico do Emprego/Desemprego, publicado mensalmente pelo Governo Civil de Braga tendo por base os dados de cada Centro de Emprego dos concelhos que compõem o distrito, o desemprego em Famalicão diminuiu pelo segundo mês consecutivo. A primeira descida já havia ocorrido em Novembro, revelando o boletim que em Dezembro passaram a ser menos onze os desempregados nas fileiras do Centro de Emprego.
No entanto, a comparação homóloga, ou seja, contrapondo o número de desempregados inscritos em Dezembro de 2008 e Dezembro de 2009, a estatística descreve uma subida de 27 por cento do desemprego. O concelho de Famalicão passou a ter mais 1900 desempregados. Só o concelho de Guimarães supera o cenário famalicense, que passou a ter mais de dois mil novos desempregos.
Segundo o mesmo boletim o desemprego em Famalicão afecta com particular incidência aqueles que têm mais de 25 anos e os homens.
Sandra Ribeiro Gonçalves
No entanto, a comparação homóloga, ou seja, contrapondo o número de desempregados inscritos em Dezembro de 2008 e Dezembro de 2009, a estatística descreve uma subida de 27 por cento do desemprego. O concelho de Famalicão passou a ter mais 1900 desempregados. Só o concelho de Guimarães supera o cenário famalicense, que passou a ter mais de dois mil novos desempregos.
Segundo o mesmo boletim o desemprego em Famalicão afecta com particular incidência aqueles que têm mais de 25 anos e os homens.
Sandra Ribeiro Gonçalves
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A questionável autoridade moral de Armindo Costa
Treze dias depois do prazo legalmente definido, a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão aprovou o seu “Plano de gestão de riscos de corrupção e infracções conexas”.
O presidente da Câmara diz que, agora, há que dar formação a quem trabalha na autarquia, para que os colaboradores do município fiquem familiarizados com o novo “regulamento”. O objectivo, louvável!, é contribuir para que todos passem a ter um desempenho profissional conforme as boas práticas exigíveis pelo Conselho de Prevenção da Corrupção, entidade administrativa independente que funciona junto do Tribunal de Contas, aqui expressas.
Mas, pergunto eu, que autoridade moral tem um presidente de Câmara que foi referenciado na comunicação social como estando envolvido num caso de evasão fiscal, nunca cabalmente esclarecido pelo próprio, para agora vir falar em dar formação aos funcionários da autarquia a que preside para que se cumpram os “novos regulamentos” e seja melhorada a actuação da “máquina” camarária em matéria de transparência, prevenção e combate à corrupção? Não há ninguém - no PSD ou na Câmara - que diga a Armindo Costa que para se estar na vida política com autoridade e credibilidade convincentes convém não fazer como o frei Tomás…?
Pessoalmente, não aguardo qualquer resposta do edil, mas ainda não perdi a esperança de a Procuradoria da República, um dia destes, elucidar os portugueses do que realmente se passou com a “operação furacão”. Não é por nenhuma razão especial: apenas e só por uma questão de… higiene democrática. Até lá, que nos valham os eufemismos e as conveniências desses instrumentos políticos pós-modernos, como estes regulamentos e planos de “gestão de riscos de corrupção e infracções conexas”. Não haverá uma coisa do género para prevenir e combater a pouca vergonha?
O presidente da Câmara diz que, agora, há que dar formação a quem trabalha na autarquia, para que os colaboradores do município fiquem familiarizados com o novo “regulamento”. O objectivo, louvável!, é contribuir para que todos passem a ter um desempenho profissional conforme as boas práticas exigíveis pelo Conselho de Prevenção da Corrupção, entidade administrativa independente que funciona junto do Tribunal de Contas, aqui expressas.
Mas, pergunto eu, que autoridade moral tem um presidente de Câmara que foi referenciado na comunicação social como estando envolvido num caso de evasão fiscal, nunca cabalmente esclarecido pelo próprio, para agora vir falar em dar formação aos funcionários da autarquia a que preside para que se cumpram os “novos regulamentos” e seja melhorada a actuação da “máquina” camarária em matéria de transparência, prevenção e combate à corrupção? Não há ninguém - no PSD ou na Câmara - que diga a Armindo Costa que para se estar na vida política com autoridade e credibilidade convincentes convém não fazer como o frei Tomás…?
Pessoalmente, não aguardo qualquer resposta do edil, mas ainda não perdi a esperança de a Procuradoria da República, um dia destes, elucidar os portugueses do que realmente se passou com a “operação furacão”. Não é por nenhuma razão especial: apenas e só por uma questão de… higiene democrática. Até lá, que nos valham os eufemismos e as conveniências desses instrumentos políticos pós-modernos, como estes regulamentos e planos de “gestão de riscos de corrupção e infracções conexas”. Não haverá uma coisa do género para prevenir e combater a pouca vergonha?
Carlos de Sousa
Mário Passos e Hélder Costa líderes do PSD e JSD
Sem surpresas, Mário Passos venceu as eleições para a Comissão Política Concelhia do PSD. Num acto eleitoral marcado pela escassa participação, habitual em actos eleitorais disputados por uma única lista, Mário Passos mereceu 87 votos favoráveis.
Já na JSD, a disputa entre as duas listas conorrentes foi renhida. Hélder Costa, encabeçando a lista "B", venceu com 129 votos, contra os 122 obtidos pela lista de Rui Santos.
Na JSD votaram 251 dos 601 militantes afectos à concelhia famalicense.
Sandra Ribeiro Gonçalves
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Social-democratas famalicenses votam hoje a pensar em 2013
Os cerca de 2.000 filiados da Secção de Vila Nova de Famalicão do PSD elegem hoje, entre as 18,30 e as 22,30 horas, a respectiva comissão política concelhia. Mário Passos, o apagado vereador municipal da Juventude, Habitação e Família que, anteriormente, foi delegado distrital do IPJ em Braga e docente universitário, é o senhor que se seguirá a Paulo Cunha na liderança concelhia.
Percebe-se a escolha: não faz sombra nem ao líder cessante, a tirocinar para se apresentar, em 2013, como “delfim natural” de Armindo Costa, nem ao putativo challenger, Leonel Rocha, cuja candidatura à sucessão do actual edil o influente Núcleo de Ribeirão está apostado em activar. Não fazendo mossa, a eleição certa de Passos adiará tudo para 2012, o ano de todas as decisões. A menos que, como aconteceu com Edna Cardoso, no primeiro mandato (2001/2005), e Jorge Carvalho, no mandato anterior (2005/2009), haja por aí uma carta fora do baralho ainda por jogar. Haverá? Tenho dúvidas, sinceramente, porque Paulo Cunha, pelo que se vai percebendo, traçou a régua e esquadro a sua carreira política e não vai querer dar espaço a quem possa “fazer ondas”.
Mais complicada, aparentemente, parece ser a luta pelo poder no seio da estrutura concelhia da JSD, que também vai hoje a votos. Duas listas e duas trajectórias distintas, mas nenhuma aparentemente interessada em assumir-se como herdeira do legado político do líder concelhio (e assessor municipal…) que está de saída, Hugo Mesquita.
Hélder Costa, deputado municipal de Ribeirão, ou Rui Santos, jovem jurista de Riba d’Ave, qual deles encaixará melhor na estratégia de Armindo Costa, o “independente” presidente da Câmara que há quase uma vintena tem conseguido pôr e dispor a seu bel-prazer no PSD/Famalicão.
…E ainda dizem que só no PS é que há “agitação”! Entre os socialistas, pelo menos, poucos se dão ao trabalho de tentar tapar o Sol com uma peneira…
Percebe-se a escolha: não faz sombra nem ao líder cessante, a tirocinar para se apresentar, em 2013, como “delfim natural” de Armindo Costa, nem ao putativo challenger, Leonel Rocha, cuja candidatura à sucessão do actual edil o influente Núcleo de Ribeirão está apostado em activar. Não fazendo mossa, a eleição certa de Passos adiará tudo para 2012, o ano de todas as decisões. A menos que, como aconteceu com Edna Cardoso, no primeiro mandato (2001/2005), e Jorge Carvalho, no mandato anterior (2005/2009), haja por aí uma carta fora do baralho ainda por jogar. Haverá? Tenho dúvidas, sinceramente, porque Paulo Cunha, pelo que se vai percebendo, traçou a régua e esquadro a sua carreira política e não vai querer dar espaço a quem possa “fazer ondas”.
Mais complicada, aparentemente, parece ser a luta pelo poder no seio da estrutura concelhia da JSD, que também vai hoje a votos. Duas listas e duas trajectórias distintas, mas nenhuma aparentemente interessada em assumir-se como herdeira do legado político do líder concelhio (e assessor municipal…) que está de saída, Hugo Mesquita.
Hélder Costa, deputado municipal de Ribeirão, ou Rui Santos, jovem jurista de Riba d’Ave, qual deles encaixará melhor na estratégia de Armindo Costa, o “independente” presidente da Câmara que há quase uma vintena tem conseguido pôr e dispor a seu bel-prazer no PSD/Famalicão.
…E ainda dizem que só no PS é que há “agitação”! Entre os socialistas, pelo menos, poucos se dão ao trabalho de tentar tapar o Sol com uma peneira…
Carlos de Sousa
PSP detém jovem de 14 anos por roubo
A PSP, através dos agentes afectos ao Programa Integrado de Policiamento de Proximidade, deteve na passada segunda-feira, em Famalicão, um jovem de 14 anos que estava a cumprir medida tutelar educativa, em regime aberto, num centro juvenil do Porto.
O rapaz foi detido na sequência da subtracção de um telemóvel a um rapaz de 15 anos, na Rua Alberto Sampaio, freguesia de Calendário.
Os agentes identificaram e detiveram o jovem, recuperando também o bem furtado. O jovem foi presente aos Ministério Público do Tribunal de Famalicão.
O rapaz foi detido na sequência da subtracção de um telemóvel a um rapaz de 15 anos, na Rua Alberto Sampaio, freguesia de Calendário.
Os agentes identificaram e detiveram o jovem, recuperando também o bem furtado. O jovem foi presente aos Ministério Público do Tribunal de Famalicão.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Variante à N14: o essencial do estudo de AIA
Uma vez que o site da Câmara Municipal não tem informação técnica disponível acerca do projecto de traçado para a Variante Poente, O Povo Famalicense foi espreitar o portal da Agência Portuguesa do Ambiente e de lá extraiu os principais documentos: o resumo não técnico (clique aqui) e os mapas Norte e Sul da área do concelho.
Há opções em estudo, numa obra que poderá ter impactos significativos na paisagem de uma vasta área do concelho. O estudo pode ser consultado junto da Câmara Municipal, da CCDRN ou da APA, e o resumo não técnico em cada uma das Freguesias envolvidas.
Recorde-se que, no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental, está aberta a fase de discussão pública do projecto proposto até ao dia 26 de Fevereiro.
Há opções em estudo, numa obra que poderá ter impactos significativos na paisagem de uma vasta área do concelho. O estudo pode ser consultado junto da Câmara Municipal, da CCDRN ou da APA, e o resumo não técnico em cada uma das Freguesias envolvidas.
Recorde-se que, no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental, está aberta a fase de discussão pública do projecto proposto até ao dia 26 de Fevereiro.
O traçado em discussão prevê que a nova via parta da freguesia de Jesufrei, passando pela freguesia de Arnoso Santa Maria e Santiago da Cruz, onde está prevista a construção de um nó de ligação com a EN 14 e a Auto-estrada A3. A via prossegue atravessando as freguesias de Vale S. Cosme, Mouquim, Louro e Gavião. Neste ponto está prevista a construção de um outro nó, que pretende ligar a Variante Poente à Variante Nascente. O traçado continua atravessando as freguesias de Outiz, Vila Nova de Famalicão e Calendário, prosseguindo por Fradelos e Vilarinho das Cambas, onde novo nó de intercepção está previsto, desta feita com ligação à Auto-Estrada A7. A via atravessa ainda as freguesias de Ribeirão e Lousado, onde o projecto prevê outro nó, que pretende servir a zona industrial, onde estão implantadas empresas como a Continental Mabor. A Variante Poente intercepta com o concelho da Trofa através de uma nova travessia, a nascente da actualmente existente.
Segundo informações tornadas públicas pela autarca da Trofa na semana passada, o Governo espera que até ao final do ano se lance o concurso público da empreitada, e que a obra esteja concluída em 2013. O investimento deverá rondar os 200 milhões de euros.
‘tá tudo doido?
Jantar de Reis? A 29 de Janeiro?Jantar de Reis? Então eles não são republicanos?
Antigamente, faziam-se Assembleias Gerais; agora promovem-se jantares. A maneira de fazer política foi radicalmente alterada, e por essas e outras é que me vim embora.
Carlos de Sá
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
50 MILHÕES DE EUROS
Está em fase de decisão, sem que a opinião pública famalicense esteja devidamente informada, um concurso público sobre algo que uns chamam parceria público-privada e outros empresa municipal.
Não é assunto menor, pois estão envolvidos, ao que parece, cerca de 50 milhões de euros e diversos concorrentes.
Tentei obter uma informação mais concreta mas nada consegui até ao momento.
Francamente ninguém pode dar notícias desenvolvidas sobre este assunto que envolve, ao que parece, construção e gestão de importantes equipamentos desportivos, culturais e de lazer por muitos anos?
Isto não tem interesse?
Eu sei que poderia consultar actas, fazer mais telefonemas e bater à porta de gabinetes para saber algo mais. Mas não posso, não tenho tempo.
20 de Janeiro de 2010
António Cândido de Oliveira
PS – Sobre o orçamento de 2010 continuamos sem notícias (ainda não foi sequer a reunião de câmara). E o mesmo se diga do plano de actividades.
Não é assunto menor, pois estão envolvidos, ao que parece, cerca de 50 milhões de euros e diversos concorrentes.
Tentei obter uma informação mais concreta mas nada consegui até ao momento.
Francamente ninguém pode dar notícias desenvolvidas sobre este assunto que envolve, ao que parece, construção e gestão de importantes equipamentos desportivos, culturais e de lazer por muitos anos?
Isto não tem interesse?
Eu sei que poderia consultar actas, fazer mais telefonemas e bater à porta de gabinetes para saber algo mais. Mas não posso, não tenho tempo.
20 de Janeiro de 2010
António Cândido de Oliveira
PS – Sobre o orçamento de 2010 continuamos sem notícias (ainda não foi sequer a reunião de câmara). E o mesmo se diga do plano de actividades.
Condutor abandonou local do acidente
O condutor responsável pelo atropelamento de ontem (segunda-feira), abandonou o local do acidente. A GNR conseguiu, no entanto, recolher dados suficientes sobre o veículo, promovendo diligências que permitiram que o condutor fosse identificado ainda durante o dia de ontem.
Por ter abandonado o local do acidente será alvo de uma participação ao Ministério Público, pelo crime de omissão de auxílio, incorrendo numa pena de prisão até dois anos.
A vítima é uma mulher de 63 anos que foi conduzia ao Hospital de S. Marcos em estado grave.
Por ter abandonado o local do acidente será alvo de uma participação ao Ministério Público, pelo crime de omissão de auxílio, incorrendo numa pena de prisão até dois anos.
A vítima é uma mulher de 63 anos que foi conduzia ao Hospital de S. Marcos em estado grave.
Sandra Ribeiro Gonçalves
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Mais um atropelamento grave em Famalicão
Uma mulher com mais de 60 anos foi atropelada na freguesia de Bairro, ao final da tarde de hoje. Ao que O Povo Famalicense apurou, à chegada da ambulância dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave a mulher encontrava-se em paragem cardiorespiratória. Os socorristas terão conseguido reverter a situação, com a ajuda da Viatura Médica de Emergência e Reanimação estacionada no Hospital de Famalicão, que também se deslocou para o local. A vítima foi encaminhada em estado grave para o Hospital de S. Marcos, em Braga.
O atropelamento terá ocorrido pouco depois das seis da tarde na estrada que liga Delães a Bairro. A mulher terá sido atropelada por uma viatura ligeira e projectada vários metros.
O atropelamento terá ocorrido pouco depois das seis da tarde na estrada que liga Delães a Bairro. A mulher terá sido atropelada por uma viatura ligeira e projectada vários metros.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Agradecimento
Senhor presidente da Câmara Municipal:
Sirvo-me deste meio para agradecer o cartão de Boas Festas que teve a amabilidade de mandar depositar na minha caixa de correio, no passado Sábado, dia 16 de Janeiro. Não, não é engano, foi mesmo no passado Sábado; bem sei que os Reis tinham sido há mais de uma semana, e que mesmo as celebrações segundo o calendário da Igreja Ortodoxa já tinham passado; mas compreendo que entregar um postal a cada famalicense leve o seu tempo.
Enfim, atrasados – diria mesmo que com um mês de atraso – mas os seus votos lá me chegaram. Em papel de luxo, com um design que terá inflacionado o preço, porque já se sabe: nestas coisas, V.Exa. não olha a despesas!
Carlos de Sá
Sirvo-me deste meio para agradecer o cartão de Boas Festas que teve a amabilidade de mandar depositar na minha caixa de correio, no passado Sábado, dia 16 de Janeiro. Não, não é engano, foi mesmo no passado Sábado; bem sei que os Reis tinham sido há mais de uma semana, e que mesmo as celebrações segundo o calendário da Igreja Ortodoxa já tinham passado; mas compreendo que entregar um postal a cada famalicense leve o seu tempo.
Enfim, atrasados – diria mesmo que com um mês de atraso – mas os seus votos lá me chegaram. Em papel de luxo, com um design que terá inflacionado o preço, porque já se sabe: nestas coisas, V.Exa. não olha a despesas!
Carlos de Sá
domingo, 17 de janeiro de 2010
Não lhes devo satisfações, mas avivo-lhes a memória
Mais papistas do que o papa, há alguns notáveis do PS/Famalicão que se sentiram incomodados com a minha crónica na última edição de O Povo Famalicense. Lamento o desconforto que, pelo que me vão dizendo, terei causado a tais camaradas meus, mas não estou disposto a sacrificar a minha liberdade pessoal às conveniências partidárias ou às necessidades carreiristas deste ou daquele correligionário político, por mais respeitável que ele seja.
Inscrevi-me em Setembro de 1974 na JS, rendido ao testemunho luminoso e à aura anti-fascista do meu tio-avô Artur Sentieiro de Sousa, um famalicense que muitos calendarenses na casa dos 70 recordarão com simpatia, por certo, há muito retirado da política activa, depois de uma carreira profissional bem sucedida na Banca e de ter alinhado com Lopes Cardoso (e outros, como António Vitorino…) na UEDS. Só um sério problema de saúde o impediu de ter emparceirado com Mário Soares, Salgado Zenha, Tito de Morais, António Macedo, Ramos da Costa e outros socialistas que lutaram contra a ditadura na fundação do PS, em Bad Munstereifel, na antiga República Federal da Alemanha.
Entreguei em mão a ficha de inscrição, com o meu tio Artur como proponente, na primeira sede concelhia do PS, no antigo escritório do saudoso dr. Armando Bacelar, na Rua de Alves Roçadas, ao meu amigo e camarada de muitos anos (e utopias) Joaquim Loureiro. Depois disso, a nora da vida deu tantas voltas… e eu aprendi a libertar-me dos espartilhos e das conveniências das capelas partidárias, a pensar por mim próprio e colocar a minha cidadania e a liberdade à frente de outros interesses; inclusivamente, dos meus próprios interesses pessoais.
Foi assim, por exemplo, nas autárquicas de 2001, em que eu e muitos socialistas da primeira hora, que lançaram e foram decisivos para a implantação do PS no concelho, nos pusemos, de corpo e alma, ao lado de Fernando Moniz contra Agostinho Fernandes - alguém se lembra, hoje, do nado morto que foi o jornal “Fórum Famalicense”?
Foi aí, e só aí, que conheci Maria José Gonçalves. De então para cá, raramente nos temos cruzado: as opções e os alinhamentos partidários de um e outro aprofundaram diferenças e as nossas personalidades levaram-nos por caminhos que nunca mais se interceptaram. Com maiores ganhos políticos para ela, seguramente: está há vários anos na vereação municipal, já integrou as comissões nacional e distrital do PS, já foi líder concelhia e é hoje uma das referências cimeiras da estrutura autónoma de mulheres socialistas. Mas… alguém lhe conhece uma ideia consistente para o concelho, uma proposta politicamente relevante para o PS ou uma estratégia mobilizadora da secção socialista em que ambos militamos?
Eu, militante de base por opção, cá continuo com as minhas inquietações e escritos em público partilhados, consciente de ter hipotecado, irreversivelmente, uma carreira política quando, a conselho amigo do inesquecível Francisco Salgado Zenha, optei por prosseguir estudos e constituir família, em detrimento de uma hipotética carreira política que, aos 20 anos, levou Mário Soares, à data secretário-geral do PS, a questionar-me da seguinte forma, cito de memória: “Como é que você chega tão tenrinho à Assembleia da República? Os padrecos lá de Braga não arranjaram melhor para contrabalançar com o Rêgo?”.
Percebi então o que, em pleno PREC, o meu camarada Joaquim Loureiro lhe escrevera, verberando a deriva jacobina do PS. Poucos meses depois, entusiasmado, participei em duas reuniões “clandestinas” no célebre sótão do apartamento de António Guterres, em Algés, numa conspiração anti-soarista. Inconscientemente, tinha traçado o meu destino partidário: o inferno. O mesmo, afinal, para o qual, agora, há quem me queira empurrar. Ou ver pelas costas, no mínimo...
Não tenciono dar-lhes esse gosto. Pelo menos, sem lutar pelas minhas convicções e princípios de sempre. Afinal, sou tão “histórico” como muitas abencerragens emergentes que se misturaram nos ingredientes com que Fernando Moniz tem confeccionado o caldo da unificação em curso no PS/Famalicão. Com uma grande diferença, apenas: nunca me atrevi a pedir mordomias ou cargos para mim ou a beneficiar de escolhas estritamente pessoais para exercer funções públicas. Se alguma vez deles usufrui, foi por eleição democrática ou por opção sufragada pelo colectivo dos militantes do PS Famalicão. Para que conste…
Carlos de Sousa
Inscrevi-me em Setembro de 1974 na JS, rendido ao testemunho luminoso e à aura anti-fascista do meu tio-avô Artur Sentieiro de Sousa, um famalicense que muitos calendarenses na casa dos 70 recordarão com simpatia, por certo, há muito retirado da política activa, depois de uma carreira profissional bem sucedida na Banca e de ter alinhado com Lopes Cardoso (e outros, como António Vitorino…) na UEDS. Só um sério problema de saúde o impediu de ter emparceirado com Mário Soares, Salgado Zenha, Tito de Morais, António Macedo, Ramos da Costa e outros socialistas que lutaram contra a ditadura na fundação do PS, em Bad Munstereifel, na antiga República Federal da Alemanha.
Entreguei em mão a ficha de inscrição, com o meu tio Artur como proponente, na primeira sede concelhia do PS, no antigo escritório do saudoso dr. Armando Bacelar, na Rua de Alves Roçadas, ao meu amigo e camarada de muitos anos (e utopias) Joaquim Loureiro. Depois disso, a nora da vida deu tantas voltas… e eu aprendi a libertar-me dos espartilhos e das conveniências das capelas partidárias, a pensar por mim próprio e colocar a minha cidadania e a liberdade à frente de outros interesses; inclusivamente, dos meus próprios interesses pessoais.
Foi assim, por exemplo, nas autárquicas de 2001, em que eu e muitos socialistas da primeira hora, que lançaram e foram decisivos para a implantação do PS no concelho, nos pusemos, de corpo e alma, ao lado de Fernando Moniz contra Agostinho Fernandes - alguém se lembra, hoje, do nado morto que foi o jornal “Fórum Famalicense”?
Foi aí, e só aí, que conheci Maria José Gonçalves. De então para cá, raramente nos temos cruzado: as opções e os alinhamentos partidários de um e outro aprofundaram diferenças e as nossas personalidades levaram-nos por caminhos que nunca mais se interceptaram. Com maiores ganhos políticos para ela, seguramente: está há vários anos na vereação municipal, já integrou as comissões nacional e distrital do PS, já foi líder concelhia e é hoje uma das referências cimeiras da estrutura autónoma de mulheres socialistas. Mas… alguém lhe conhece uma ideia consistente para o concelho, uma proposta politicamente relevante para o PS ou uma estratégia mobilizadora da secção socialista em que ambos militamos?
Eu, militante de base por opção, cá continuo com as minhas inquietações e escritos em público partilhados, consciente de ter hipotecado, irreversivelmente, uma carreira política quando, a conselho amigo do inesquecível Francisco Salgado Zenha, optei por prosseguir estudos e constituir família, em detrimento de uma hipotética carreira política que, aos 20 anos, levou Mário Soares, à data secretário-geral do PS, a questionar-me da seguinte forma, cito de memória: “Como é que você chega tão tenrinho à Assembleia da República? Os padrecos lá de Braga não arranjaram melhor para contrabalançar com o Rêgo?”.
Percebi então o que, em pleno PREC, o meu camarada Joaquim Loureiro lhe escrevera, verberando a deriva jacobina do PS. Poucos meses depois, entusiasmado, participei em duas reuniões “clandestinas” no célebre sótão do apartamento de António Guterres, em Algés, numa conspiração anti-soarista. Inconscientemente, tinha traçado o meu destino partidário: o inferno. O mesmo, afinal, para o qual, agora, há quem me queira empurrar. Ou ver pelas costas, no mínimo...
Não tenciono dar-lhes esse gosto. Pelo menos, sem lutar pelas minhas convicções e princípios de sempre. Afinal, sou tão “histórico” como muitas abencerragens emergentes que se misturaram nos ingredientes com que Fernando Moniz tem confeccionado o caldo da unificação em curso no PS/Famalicão. Com uma grande diferença, apenas: nunca me atrevi a pedir mordomias ou cargos para mim ou a beneficiar de escolhas estritamente pessoais para exercer funções públicas. Se alguma vez deles usufrui, foi por eleição democrática ou por opção sufragada pelo colectivo dos militantes do PS Famalicão. Para que conste…
Carlos de Sousa
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Variante à N14: Câmara de Famalicão mais interessada em propaganda do que em informação
À procura de alguma informação on-line sobre a consulta pública da Avaliação de Impacte Ambiental do projecto de construção da variante à N14, encontrei alguns mapas nos jornais da Trofa (fornecidos pela respectiva Câmara Municipal e que obviamente respeitam à área da Trofa) e rigorosamente nada nas entidades onde é suposto estar disponível, nomeadamente no portal do Município de Vila Nova de Famalicão. Neste, a única referência ao assunto é uma intragável prosa propagandística, que se pode ler aqui, segundo a qual Armindo Costa foi absolutamente decisivo – se o ridículo matasse...
Exige-se que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão disponibilize no seu portal a informação necessária, pelo menos o resumo não técnico. Em tempo útil, claro.
Carlos Sá
Exige-se que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão disponibilize no seu portal a informação necessária, pelo menos o resumo não técnico. Em tempo útil, claro.
Carlos Sá
Reis Campos militante do PS
Aquele que foi o candidato do PS à Câmara Municipal nas últimas autárquicas, formalizou ontem a sua militância no partido. A novidade foi avançada pelo líder da secção, Fernando Moniz, que alega ser este mais um sinal da união interna. Para Reis Campos este passo permite chegar a "outros patamares de intervenção cívica e política", nos quais passa a estar "por direito próprio".
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
Sandra Ribeiro Gonçalves
Mostrem-nos traçado da Variante Poente!
É oportuníssimo o texto de Carlos Sá dando a conhecer que está aberto o período para consulta pública do estudo de impacte ambiental da variante poente da EN n.º 14.
A certa altura escreve que ela depois de passar o Rio Ave "seguirá para Poente, passando por Santo Tirso e continuando na zona do Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão e termina no nó de Cruz".
Ora, entre o Lago Discount e o nó de Cruz são alguns quilómetros e logo os que mais nos interessam como famalicenses.
Não haverá possibilidade de, através de um link ou de outro modo, termos uma ideia correcta e facilmente perceptível do traçado da variante no nosso concelho?
Temos o direito de saber.
António Cândido de Oliveira
A certa altura escreve que ela depois de passar o Rio Ave "seguirá para Poente, passando por Santo Tirso e continuando na zona do Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão e termina no nó de Cruz".
Ora, entre o Lago Discount e o nó de Cruz são alguns quilómetros e logo os que mais nos interessam como famalicenses.
Não haverá possibilidade de, através de um link ou de outro modo, termos uma ideia correcta e facilmente perceptível do traçado da variante no nosso concelho?
Temos o direito de saber.
António Cândido de Oliveira
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Riba de Ave: afinal a Junta não caiu... ainda
Não estão cumpridos os requisitos legais necessários à marcação de eleições intercalares em Riba de Ave. Quem o diz é o Governador Civil de Braga, Fernando Moniz, em declarações a' O Povo Famalicense, alegando que não estão cumpridos nenhum dos pressupostos que abrem caminho a novo acto eleitoral: ou a lista mais votada se demite em bloco, ou se procede ao número suficiente de renúncias de mandato na Assembleia de Freguesia a ponto de não haver quórum.
Como nenhuma das situações ocorreu ainda, a Junta continua governada pelo executivo cessante em gestão corrente. Isto quando passaram quase três meses das eleições.
Segundo Fernando Moniz não haverá sequer limite legal para que tenha que ser posto um termo à situação, uma vez que a lei é omissa relativamente a estes casos.
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
Como nenhuma das situações ocorreu ainda, a Junta continua governada pelo executivo cessante em gestão corrente. Isto quando passaram quase três meses das eleições.
Segundo Fernando Moniz não haverá sequer limite legal para que tenha que ser posto um termo à situação, uma vez que a lei é omissa relativamente a estes casos.
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
Sandra Ribeiro Gonçalves
Presidente da Câmara acusa autarca da Trofa de "oportunismo político"
Foi pela comunicação social que o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa, ficou a saber ontem que a Variante Poente irá custar 200 milhões de euros e deverá estar concluída em 2013. As informações foram veiculadas pela autarca socialista da Trofa, Joana Lima, após reunião com o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, numa conferência de imprensa marcada por afirmações entusiasmadas.
Claramente desagradado por estar à margem destas novidades, Armindo Costa acusou a sua congénere de "oportunismo político", considerando que a recém-chegada ao universo autárquico nada contribuiu para o desenvolvimento do processo. O mesmo não aconteceu com a Câmara de Famalicão, uma vez que o traçado aprovado pela CCDRN saiu do Departamento de Urbanismo da autarquia , alega.
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
Claramente desagradado por estar à margem destas novidades, Armindo Costa acusou a sua congénere de "oportunismo político", considerando que a recém-chegada ao universo autárquico nada contribuiu para o desenvolvimento do processo. O mesmo não aconteceu com a Câmara de Famalicão, uma vez que o traçado aprovado pela CCDRN saiu do Departamento de Urbanismo da autarquia , alega.
(Mais na próxima edição do jornal O Povo Famalicense)
Sandra Ribeiro Gonçalves
Quanto vale politicamente Armindo Costa?
Depois de ter lido este oportuno post do Carlos de Sá, lembrei-me de uma notícia da passada semana: esta.
Avaliando ambos, qualquer cidadão famalicense minimamente preocupado com a sua terra não pode deixar de questionar o peso político que tem o “independente” presidente da Câmara Municipal de Famalicão. Temo bem, como escrevi n’O Povo Famalicense na ressaca das últimas eleições autárquicas, que Famalicão se tenha transformado numa espécie de buraco do donut autárquico socialista, com enfraquecida capacidade de influência junto do Governo e irrelevante papel no quadro das políticas e instituições intermunicipais.
Passando a ser militante activo na querela interna que há meses vai minando o PSD e despindo a fatiota de “independente” que - por conveniência eleitoral ou necessidade ditada pelos negócios, ainda não percebi… - Armindo Costa há uma dúzia de anos prefere envergar, é de recear que, infelizmente, o concelho e os munícipes de Famalicão tenham perdido na proporção inversa ao crescimento eleitoral de que o presidente da Câmara, muito justamente, se pode gabar.
Acho que é um bom tema para a minha crónica da próxima semana.
Avaliando ambos, qualquer cidadão famalicense minimamente preocupado com a sua terra não pode deixar de questionar o peso político que tem o “independente” presidente da Câmara Municipal de Famalicão. Temo bem, como escrevi n’O Povo Famalicense na ressaca das últimas eleições autárquicas, que Famalicão se tenha transformado numa espécie de buraco do donut autárquico socialista, com enfraquecida capacidade de influência junto do Governo e irrelevante papel no quadro das políticas e instituições intermunicipais.
Passando a ser militante activo na querela interna que há meses vai minando o PSD e despindo a fatiota de “independente” que - por conveniência eleitoral ou necessidade ditada pelos negócios, ainda não percebi… - Armindo Costa há uma dúzia de anos prefere envergar, é de recear que, infelizmente, o concelho e os munícipes de Famalicão tenham perdido na proporção inversa ao crescimento eleitoral de que o presidente da Câmara, muito justamente, se pode gabar.
Acho que é um bom tema para a minha crónica da próxima semana.
Carlos de Sousa
Variante à Estrada Nacional 14 vai custar cerca de 200 milhões de euros
O Estudo de Impacte Ambiental do projecto da Variante à EN 14 está em discussão pública até ao dia 26 de Fevereiro. Secretário de Estado Paulo Campos garantiu à presidente da Câmara Municipal da Trofa que até ao final de 2010 o concurso da construção da variante será lançado.
"Há muitos anos que a Trofa esperava por esta obra" e ela finalmente chegou. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, garante que a variante à Estrada Nacional (EN) 14 "é uma realidade" que começa a ganhar forma com o início, esta terça-feira, da discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental que se estende até 26 de Fevereiro.
Estima-se que o investimento global será de 200 milhões de euros, numa obra que atravessará os concelhos da Maia, Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. O traçado, que terá duas vias em cada sentido, vai ligar o nó do Jumbo, na Maia, ao nó da Cruz, em Vila Nova de Famalicão e na Trofa terá uma extensão de cerca de 10 quilómetros. Assim, a variante terá início junto ao Jumbo da Maia, passa a Nascente da EN 14, tem o primeiro nó, no concelho, junto à Transmaia, continua a Nascente entre a EN 14 e a A3, e terá outros nós no Monte Cabrito, em S. Romão do Coronado e Santiago de Bougado, Lemende em Covelas e Ervosa, em S. Martinho de Bougado, próximo da saída da A3. Depois passará o Rio Ave e seguirá para Poente, passando por Santo Tirso e continuando na zona do Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão e termina no nó de Cruz.
A notícia avançada pelo "O Notícias da Trofa" adianta ainda que Joana Lima obteve do Secretário de Estado a garantia de conclusão da obra até 2013!
Uma grande vitória para os famalicenses, uma pesada derrota pessoal para Armindo Costa, cujos projectos nunca conseguiram convencer o ex-presidente da Câmara da Trofa, seu companheiro de partido.
"Há muitos anos que a Trofa esperava por esta obra" e ela finalmente chegou. Joana Lima, presidente da Câmara Municipal da Trofa, garante que a variante à Estrada Nacional (EN) 14 "é uma realidade" que começa a ganhar forma com o início, esta terça-feira, da discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental que se estende até 26 de Fevereiro.
Estima-se que o investimento global será de 200 milhões de euros, numa obra que atravessará os concelhos da Maia, Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão. O traçado, que terá duas vias em cada sentido, vai ligar o nó do Jumbo, na Maia, ao nó da Cruz, em Vila Nova de Famalicão e na Trofa terá uma extensão de cerca de 10 quilómetros. Assim, a variante terá início junto ao Jumbo da Maia, passa a Nascente da EN 14, tem o primeiro nó, no concelho, junto à Transmaia, continua a Nascente entre a EN 14 e a A3, e terá outros nós no Monte Cabrito, em S. Romão do Coronado e Santiago de Bougado, Lemende em Covelas e Ervosa, em S. Martinho de Bougado, próximo da saída da A3. Depois passará o Rio Ave e seguirá para Poente, passando por Santo Tirso e continuando na zona do Lago Discount, em Vila Nova de Famalicão e termina no nó de Cruz.
A notícia avançada pelo "O Notícias da Trofa" adianta ainda que Joana Lima obteve do Secretário de Estado a garantia de conclusão da obra até 2013!
Uma grande vitória para os famalicenses, uma pesada derrota pessoal para Armindo Costa, cujos projectos nunca conseguiram convencer o ex-presidente da Câmara da Trofa, seu companheiro de partido.
Carlos de Sá
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Jornal e Blogue
A ligação jornal e blogue do Povo Famalicense pode fazer toda a diferença.
Pode possibilitar um debate efectivo e cheio de interesse dos problemas do nosso município.
Vejamos:
MANUEL CUNHA defende a participação dos cidadãos nos assuntos públicos locais mas critica-me por a reduzir aos eleitos municipais (membros da AM e da CM).
Teria razão se eu defendesse isso. Mas o que defendo e escrevi é que não compreendo que eles cultivem o silêncio em vez de dizerem o que pensam para nós sabermos o que valem. O que eles escreverem deve ser um meio de ampliar o debate e nunca de o confinar. O que me parece é que MC não confia mesmo nos eleitos...
CARLOS DE SÁ levanta e muito bem o problema da VIM. Mas a VIM tem os problemas que tem porque não existe uma estrutura de gestão das vias adequada. Aquela via deveria ser classificada de acordo com uma classificação válida para todo o país e depois a gestão dependeria dela. Ser uma via intermunicipal neste momento só prejudica.
CARLOS DE SOUSA escreve no último número do "Povo" um texto cheio de interesse (discorde-se ou não) e que deveria ter resposta pois tem destinatários bem concretos.
Pela minha parte compartilho a ideia de que o PS local anda mal e precisa de tomar um rumo.
EDNA CARDOSO tem muita esperança no blogue do Povo. Também tenho, mas o meu optimismo é limitado. Os famalicenses são muito passivos. Se não fossem passivos estariam mesmo atentos por exemplo ao plano de actividades e orçamento para 2010 e exigiriam um "orçamento participativo". Mas muitos nem sabem o que isso é.
Pode possibilitar um debate efectivo e cheio de interesse dos problemas do nosso município.
Vejamos:
MANUEL CUNHA defende a participação dos cidadãos nos assuntos públicos locais mas critica-me por a reduzir aos eleitos municipais (membros da AM e da CM).
Teria razão se eu defendesse isso. Mas o que defendo e escrevi é que não compreendo que eles cultivem o silêncio em vez de dizerem o que pensam para nós sabermos o que valem. O que eles escreverem deve ser um meio de ampliar o debate e nunca de o confinar. O que me parece é que MC não confia mesmo nos eleitos...
CARLOS DE SÁ levanta e muito bem o problema da VIM. Mas a VIM tem os problemas que tem porque não existe uma estrutura de gestão das vias adequada. Aquela via deveria ser classificada de acordo com uma classificação válida para todo o país e depois a gestão dependeria dela. Ser uma via intermunicipal neste momento só prejudica.
CARLOS DE SOUSA escreve no último número do "Povo" um texto cheio de interesse (discorde-se ou não) e que deveria ter resposta pois tem destinatários bem concretos.
Pela minha parte compartilho a ideia de que o PS local anda mal e precisa de tomar um rumo.
EDNA CARDOSO tem muita esperança no blogue do Povo. Também tenho, mas o meu optimismo é limitado. Os famalicenses são muito passivos. Se não fossem passivos estariam mesmo atentos por exemplo ao plano de actividades e orçamento para 2010 e exigiriam um "orçamento participativo". Mas muitos nem sabem o que isso é.
António Cândido de Oliveira
13.1.2010 - 12,30h
13.1.2010 - 12,30h
Governador garante manutenção das as Extensões de Saúde e promete reforço dos serviços
Não haverá qualquer encerramento de Extensões de Saúde no concelho de Vila Nova de Famalicão. A garantia saiu de um encontro, ocorrido ontem (terça-feira), entre o Governador Civil de Braga, Fernando Moniz, e o director do Centro de Saúde de Famalicão, no qual ficou confirmado o reforço dos serviços, nomeadamente com a constituição de uma nova Unidade de Saúde Familiar em Ribeirão, e a possibilidade de arranque de novas Unidades de Saúde de Cuidados Personalizados.
Sandra Ribeiro Gonçalves
VIM: chegou a hora de assumir responsabilidades
Está na Internet uma petição pelo arranjo da Via Inter-Municipal (VIM) que liga Joane a Vizela. À hora a que escrevo este post, conta já com quase 1500 peticionários, mas suponho que poderá contar com muitos mais. Construída com o auxílio dos dinheiros comunitários, aquela via, considerada de primordial importância para a região, tem sido sucessivamente ostracizada pelos seus promotores: a AMAVE e as Câmaras Municipais de Famalicão, Guimarães, Santo Tirso e (agora) Vizela. Ninguém quer assumir responsabilidades numa estrada que é perigosa, mesmo em boas condições de piso, de resguardos e de sinalização - e nenhuma dessas condições se verifica! A ideia, avançada nos últimos tempos, de dividir a via em troços correspondentes ao território de cada Município, responsabilizando individualmente cada um deles pela sua manutenção, parece-me perigosa: não só inviabilizará a necessária rectificação das partes onde o seu traçado é uma verdadeira armadilha, como dificultará muito o necessário entendimento até para obras de conservação. Apesar de tudo, é melhor do que a irresponsabilidade actual. Mas uma pequeníssima unidade de gestão, sedeada na AMAVE e financiada pelos Municípios, poderia servir muito melhor os interesses de quem circula frequentemente naquela estrada. Seja como for, vale a pena lembrar aos senhores autarcas as suas responsabilidades, e exigir-lhes que deixem de sacudir a água do capote: vamos lá subscrever a petição aqui.
Carlos de Sá
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Bombeiros Voluntários de Famalicão: 120 anos de serviço à comunidade
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão comemora este ano 120 anos de existência. Por se tratar de um marco importante, a Associação irá promover durante todo o ano uma conjunto de iniciativas, ora direccionadas ao Corpo de Bombeiros, ora direccionadas para a população em geral.
Já no mês de Fevereiro está prevista a realização de um Torneio de Futsal entre Corpos de Bombeiros, no entanto outros eventos irão ficar registados no ano de 2010, assinalando o aniversário de uma das mais prestigiadas instituições do concelho de Vila Nova de Famalicão.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Luta pela liderança da JSD "aquece"
Rui Santos é o segundo candidato assumido à presidência da Comissão Política Concelhia da JSD.Em comunicado enviado hoje à comunicação social, o advogado afirma liderar uma lista de militantes com "uma força de vontade incrível de fazer mais, de fazer diferente, e de nunca abandonar aquilo que são os interesses dos jovens".
À semelhança de Hélder Costa, Rui Santos deixa implícito, na sua declaração de intenções, algum descontentamento face ao modelo de liderança que tem sido seguido na "jota: "a JSD de Famalicão tem de, o mais rápido possível, retomar aquilo que é a base e o fundamento da nossa estrutura: o trabalho dos jovens, para os jovens, com vista a um desenvolvimento futuro, quer político que social, alicerçado em pessoas capazes, responsáveis e com um espírito critico enobrecedor".
Rui Santos conta, diz, com o apoio formal dos núcleos de Riba de Ave, Bairro, Oliveira de Santa Maria, Carreia, Pousada de Saramagos, Avidos, Oliveira de São Mateus e Ruivães; e ainda com o apoio informal de militantes das freguesias de Lousado, Mogege, Calendário, Gondifelos, Esmeriz, Seide S. Miguel, Fradelos, Requião, Ribeirão, Novais e Vale São Cosme.
Blogue da Candidatura: jotaporfamalicao@blogspot.com.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Hélder Costa disputa JSD contra actual estilo de liderança
A JSD vai também a votos no próximo dia 20 de Janeiro. Candidatura há para já uma, a de Hélder Costa, que afirma propôr-se à liderança em nome de um novo rumo, que pretende abrir a JSD aos seus militantes e à sociedade civil, numa dinâmica que o candidato entende que não tem existido com os actuais dirigentes.
Hélder Costa entende que "os militantes não podem ser chamados apenas na altura de eleições, não podem ser vistos apenas como votos, devem ser convidados a participar activamente na vida da JSD".
A candidatura é para já apoiada pela "JSD Joane, Fradelos, Esmeriz, Ribeirão, bem como por muitos militantes residentes noutras freguesias, que não se identificam com a actual JSD e por isso, não estão dispostos a apoiar uma solução de continuidade", segundo afirma o candidato em comunicado.
Sandra Ribeiro Gonçalves
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Mário Passos avança para a liderança do PSD
Mário Passos assumiu hoje uma candidatura à liderança da Comissão Política Concelhia do PSD, nas eleições agendadas para o dia 20 de Janeiro.Em comunicado o social-democrata justifica a sua candidatura com os diversos apelos que sentiu no sentido de se propor ao cargo. Considera que a sua experiência política, associada aos apoios que tem recebido e à lista de "enorme valor técnico e político" que pretende propor aos militantes, lhe conferem as condições para um bom desempenho do cargo.
Mário Passos é assim o primeiro, senão o único, a candidatar-se ao cargo de líder da concelhia social-democrata, sucedendo a Paulo Cunha.
Mário Passos é assim o primeiro, senão o único, a candidatar-se ao cargo de líder da concelhia social-democrata, sucedendo a Paulo Cunha.
Sandra Ribeiro Gonçalves
Falta participação pública, mas sobram problemas e assuntos
O título traduz mais ou menos a preocupação expressa pelo Dr.António Cândido de Oliveira, na sua última crónica publicada no "Povo Famalicense". Se, por um lado, estamos inteiramente de acordo com o vazio de ideias reportado pelo Dr. Cândido de Oliveira, não podemos, contudo, deixar de manifestar-nos contra a ideia redutora de "participação pública" por si afirmada, perspectivando-a apenas no âmbito dos autarcas que compõem os órgãos municipais. É que no percurso da nossa Democracia, essa gente tem sido acomodatícia, movendo-se sobretudo pela ânsia do poder, que para ela está muito mais nos corredores e gabinetes das instituições, do que no debate público e sério das ideias e objectivos. A seguir às eleições hibernam, já que até às próximas é o tempo dos lacraus. Com tantas perguntas a procurar respostas e tanto para analisar e explicar, esses cidadãos, investidos em funções públicas pelo povo, a quem deveriam prestar contas, ficam quedos e mudos, como se nada fosse com eles. Por isso, a participação pública que faz falta é a dos cidadãos em geral, e principalmente a daqueles que ainda têm vontade para fazer a história da cidade, do concelho e da região, fugindo ao corrupio dos novos sátrapas. Face à situação que estamos a viver no país e localmente, é notória de facto a ausência de um debate frontal e pedagógico, que explique as verdadeiras causas que estão a levar à derrocada da vida colectiva. Ora, é para essa participação que devem ser convocados os famalicenses.
Manuel Cunha
Carlos Vieira de Castro em conferência nacional da ANJE
Carlos Filipe Vieira de Castro, o jovem administrador da conhecida empresa de produtos alimentares fundada por seu avô, é um dos empreendedores em ascensão que participam na Conferência Nacional Portugal Empreendedor que a ANJE promove esta quarta-feira na sua sede nacional, no Porto.
Num painel dedicado aos “Jovens com percurso” moderado por outro famalicense, Manuel Teixeira, que esteve ligado ao Citeve durante vários anos e hoje preside ao conselho geral da ANJE, Carlos Vieira de Castro terá a seu lado os CEO de três empresas tecnológicas que têm estado debaixo dos holofotes mediáticos: Anubis Networks, Edigma.com e PI – Portugal Informático. Por lá passarão também alguns dos líderes empresariais e associativos de referência da nossa praça.
Por que é que em Famalicão não se acompanha de perto a carreira e se dá apreço a estes novos valores famalicenses? Mais pormenores em http://www.anje.pt/2010/news/CNE2010/
Num painel dedicado aos “Jovens com percurso” moderado por outro famalicense, Manuel Teixeira, que esteve ligado ao Citeve durante vários anos e hoje preside ao conselho geral da ANJE, Carlos Vieira de Castro terá a seu lado os CEO de três empresas tecnológicas que têm estado debaixo dos holofotes mediáticos: Anubis Networks, Edigma.com e PI – Portugal Informático. Por lá passarão também alguns dos líderes empresariais e associativos de referência da nossa praça.
Por que é que em Famalicão não se acompanha de perto a carreira e se dá apreço a estes novos valores famalicenses? Mais pormenores em http://www.anje.pt/2010/news/CNE2010/
Carlos de Sousa
Líder concelhio da JS assessor do grupo parlamentar do PS na AR
Nuno Vieira, jovem jurista famalicense que há pouco mais de um mês foi reeleito líder concelhio da JS, deixou o escritório de advocacia onde pontuam Fernando Salgado e Maria José Gonçalves e acaba de ser recrutado para assessor jurídico do grupo parlamentar do seu partido na Assembleia da República.
O secretário-geral da organização juvenil do PS, Duarte Cordeiro, terá sido decisivo na ida de Nuno Vieira para Lisboa, convencendo a direcção parlamentar dos socialistas a abrir-lhe as portas da política nacional. Para já, o tirocínio lisboeta do presidente da JS Famalicão passa pela assessoria aos deputados socialistas da primeira comissão parlamentar, dos assuntos constitucionais, direitos, liberdades e garantias, cuja presidência pertence a Osvaldo de Castro, dirigente socialista muito próximo do anterior líder parlamentar do PS e actual ministro da Justiça, Alberto Martins. Conhecidas que são as relações de proximidade pessoal que este mantém com o ex-militante socialista Fernando Salgado, expulso do PS na sequência daquele que ficou conhecido como “caso da roulotte”, não é de estranhar que Nuno Vieira tenha entrado, definitivamente, na rampa de lançamento de uma carreira política a nível nacional.
Depois da escolha de Maria José Gonçalves para adjunta de Fernando Moniz no Governo Civil de Braga, é já o segundo rosto do “grupo da roulotte” que é alcandorado a um lugar de alguma visibilidade na cena política famalicense. Quem será o próximo? Jorge Costa? Duarte Santos? Sá Machado? Ou o próprio Fernando Salgado? Há que aguardar pelos realinhamentos em curso na concelhia do PS, com eleições para a comissão política previstas para Abril.
O secretário-geral da organização juvenil do PS, Duarte Cordeiro, terá sido decisivo na ida de Nuno Vieira para Lisboa, convencendo a direcção parlamentar dos socialistas a abrir-lhe as portas da política nacional. Para já, o tirocínio lisboeta do presidente da JS Famalicão passa pela assessoria aos deputados socialistas da primeira comissão parlamentar, dos assuntos constitucionais, direitos, liberdades e garantias, cuja presidência pertence a Osvaldo de Castro, dirigente socialista muito próximo do anterior líder parlamentar do PS e actual ministro da Justiça, Alberto Martins. Conhecidas que são as relações de proximidade pessoal que este mantém com o ex-militante socialista Fernando Salgado, expulso do PS na sequência daquele que ficou conhecido como “caso da roulotte”, não é de estranhar que Nuno Vieira tenha entrado, definitivamente, na rampa de lançamento de uma carreira política a nível nacional.
Depois da escolha de Maria José Gonçalves para adjunta de Fernando Moniz no Governo Civil de Braga, é já o segundo rosto do “grupo da roulotte” que é alcandorado a um lugar de alguma visibilidade na cena política famalicense. Quem será o próximo? Jorge Costa? Duarte Santos? Sá Machado? Ou o próprio Fernando Salgado? Há que aguardar pelos realinhamentos em curso na concelhia do PS, com eleições para a comissão política previstas para Abril.
Carlos de Sousa
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Informação, reflexão e participação
Prometemos, cumprimos! O projecto de lançamento de um blogue, que seja um verdadeiro fórum de discussão sobre Vila Nova de Famalicão, começa a ganhar forma.
Em Novembro de 1999 inovamos com um projecto editorial gratuito que revolucionou a imprensa local. Passados dez anos sobre a edição do primeiro exemplar, “O Povo Famalicense” está preparado para dar mais de si a Vila Nova de Famalicão. Fá-lo através do blogue que agora dá os seus primeiros passos, constituindo-se como um sítio de informação e opinião, que procura dinamizar a consciência colectiva num concelho onde muitas vezes a participação cívica escasseia.
Extrapolando para a blogosfera a nossa vocação informativa, o blogue contará com o contributo dos nossos colaboradores semanais (António Cândido Oliveira, Carlos de Sousa, Edna Cardoso e Mário Martins), aos quais esperamos juntar outros famalicenses com opinião, e pretende privilegiar a intervenção dos cidadãos, numa lógica que procura pôr todos os famalicenses a reflectir sobre o que querem para o seu futuro colectivo.
Este blogue será um depositário de informação actualizada, mas também um fórum de discussão sobre os temas concelhios pertinentes, sem nunca esquecer que “tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade”. A citação é de Victor Hugo, e resume bem o espírito deste blogue. Convictos de que a liberdade é um bem essencial, sabemos que implica uma boa dose de responsabilidade. Responsabilidade imperativa para a transmissão de uma informação isenta, e de uma opinião séria.
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