Terça-feira, 10 de Janeiro, o Povo Famalicense levou a efeito mais um debate público, desta vez dedicado ao chamado Plano de Urbanização da Devesa. Muita gente interessada, o vereador do pelouro e o chefe de divisão do Município, dois representantes da Ordem dos Arquitetos, e representantes do PSD, do CDS, da CDU e do BE. O PS… não, não estava – mandou dizer, em amável carta, que declinava o convite para estar presente por entender que “os partidos políticos, que intervêm naqueles fóruns de decisão [Assembleia e Câmara] tomando posições e votando, devem, nesta fase, participar para ouvir” (sic), enquanto anunciava que “está a promover uma análise interna profunda sobre a proposta” do referido plano.
Não sei por que meios conseguiu o PS ouvir, não estando presente. Também desconheço que significado atribuirá o PS à palavra “participar”, se entendia que o devia fazer, enquanto recusava fazê-lo. Mas sei que não esteve, não participou, não ouviu. E é pena; é pena que o PS não tenha conseguido encontrar, de entre os seus mais de três mil filiados, alguém em quem a direção da concelhia delegasse a responsabilidade de o representar num fórum tão importante.
Fosse este um episódio ocasional, e não me teria dado ao trabalho de escrever uma linha. Mas a desgraça para muitos cidadãos sem alternativa de voto é que o PS está desaparecido da vida política local há demasiado tempo. Provavelmente, esperando Godot…
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