Queijos,
enchidos, mel e licores foram apenas alguns dos produtos genuinamente
famalicenses que marcaram presença na Feira Franca de Vila Nova de Famalicão,
que decorreu no passado fim-de-semana. Pela Praça D. Maria II, passaram milhares
de pessoas atraídas por estes sabores da terra, mas também pela música e pela
animação. No recinto, era frequente ouvir-se o som das concertinas, das
gaitas-de-beiços, dos tambores ou do reco-reco. Para os mais novos, a grande
atração era os animais nomeadamente o gado bovino, caprino, suíno, cavalos, aves
de capoeira, coelhos, entre outros.
Perante
este cenário, aliado às excelentes condições atmosféricas que se fizeram sentir,
com temperaturas bem agradáveis, o balanço não poderia ser outro senão “um
retumbante sucesso”, como afirma a propósito o vice-presidente da autarquia,
Paulo Cunha.
Para
o responsável, com esta iniciativa “Famalicão recupera uma das suas maiores
tradições”. “Revivem-se momentos de grande interesse histórico, tendo
como pano de fundo a agricultura e as trocas comerciais, mas também se revive o
espirito da época com muita alegria e animação”,
destaca.
“Um
povo sem memória, é um povo sem identidade”,
afirmou Paulo Cunha para explicar que “a Feira Franca faz parte do património
imaterial do município”, um património que a Câmara Municipal quer
“preservar e valorizar na memória de todos”.
Instituída
em 1205, por D. Sancho I, a Feira Franca, conjuntamente com a Feira Grande de S.
Miguel deram um contributo importante na projeção e divulgação pública da imagem
do concelho, durante séculos, sendo de primordial importância recuperar esta
tradição como forma de preservação e valorização da identidade famalicense.
Sandra Ribeiro Gonçalves
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