Escreva-nos!

povo.famalicense@gmail.com

A sua opinião é importante.
Somos um blogue com rosto, pelo que as mensagens anónimas vão direitinhas para o caixote do lixo; se for o caso, indique que deseja permanecer anónimo; mas perante nós, identifique-se, por favor.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma Geração com outras prioridades...


“A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo” - escrevia Soseki Natsume e esta é uma realidade que encontramos no nosso dia-a-dia, tendo em conta as novas tecnologias que já são indispensáveis no nosso quotidiano como por exemplo o telemóvel, o computador, entre outros.

Este problema tem-se agravado nos últimos anos, e analisamos esse facto quando nos deparamos com notícias de idosos mortos em casa há alguns anos, como a senhora de Sintra que se encontrava morta em sua casa há nove anos. Estes acontecimentos tem a principal responsabilidade da sociedade que deixa esta facha etária cair no esquecimento e sem conseguir ter regalias no terminal de uma vida exausta e complicada que maior parte destas pessoas passaram.

A sociedade, nestes dias, deparasse com estes assuntos mas basta aparecer algo diferente para se tornar notícia e este problema volta ao esquecimento. A população está demasiadamente preocupada com a sua vida quotidiana e esquece-se que se estão nessa condição que se pode designar com uma”vida boa”, é porque alguém os pôs nessa situação.

Hoje em dia reparamos que a população valoriza muito os números que rodeia a sociedade, isto é, as dificuldades económicas, a não existência de meios financeiros para comprarem um automóvel designado de “topo de gama”, mas não valoriza as pessoas idosas, a começar pelos seus familiares. Se continuarmos olhar para este problema em vez de o ver realmente como ele é não iremos conseguir com que esta problemática termine, aumentando cada vez mais a solidão dos idosos deste tempo.

Ao analisar os números, constatamos que Portugal é dos países mais envelhecidos do mundo, isto é uma tentativa de refúgio no envelhecimento demográfico.

A sociedade não pode esperar que a rede extraordinária de instituições particulares de solidariedade social, de freguesias e serviços públicos faça tudo que compete a pessoas, enquanto filhos ou netos dos idosos.

Existem casos particulares, que analisamos em várias situações tais como idosos que não querem sair da sua casa que construíram durante uma vida, para viverem num lar, mas para que tal aconteça a sociedade tem que sensibilizar e prestar mais cuidados aos idosos.

“ A Solidão é uma arma que mata, mesmo não tendo ninguém para dispará-la”.

Ana Filipa Ribeiro

Sem comentários: