O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, não resistiu, arregaçou as mangas e colocou mãos à obra e de uma bola de barro surgiu uma bonita tigela. Foi assim “com as mãos na massa” que o autarca abriu o I Ciclo de Workshops de Olaria e Cerâmica para Graúdos, que decorreu na passada sexta-feira, no Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão.
Paulo Cunha deixou ainda a garantia que ia pintar a peça, com a ajuda das suas filhas, último módulo do workshop que decorre nos dias 3 e 10 de maio, na Fundação Castro Alves.
Refira-se que a iniciativa é desenvolvida pela autarquia famalicense em parceria com a Fundação Castro Alves e desenvolve-se ao longo de três módulos entre 5 de abril e 10 de maio.
De acordo com Paulo Cunha “este workshop surge da necessidade de abranger os seniores neste género de atividades dos serviços educativos. Para nós não há um teto para aprendizagem, é um processo permanentemente inacabado”.
Assim, o primeiro módulo com o tema a olaria, já arrancou, consistindo em amassar o barro e formar uma bola, tendo em conta o tamanho da peça a levantar na roda de oleiro; fixar essa bola no disco da roda e endireitá-la com o disco em movimento. Para conseguir levantar qualquer peça na roda este é o primeiro passo para que elas possam começar a ganhar forma. O segundo módulo realiza-se nos dias 18 e 26 de abril e o tema é a modelação, isto é, levantar uma figura, trabalhando os membros separadamente; fazer as colagens dos mesmos e aplicar a roupagem.
Por fim, o terceiro módulo decorre a 3 e 10 de maio, na Fundação Castro Alves, com a pintura das peças executadas nos módulos anteriores de olaria e modelação, com tintas de alto fogo e aplicação do vidrado transparente por imersão ou à pistola. As peças vão, depois, duas vezes à mufla (forno): a primeira vez para a chacota (cozer o barro) a 850 graus e a segunda para fixar as tintas com o vidrado transparente a 1150 graus.
No final, irá realizar-se uma visita ao Museu de Cerâmica. Os workshops serão administrados por técnicos da Fundação Castro Alves.
Filomena Lamego
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