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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tradição e muita animação na Feira das Trocas de Famalicão entre 3 e 5 de maio

Depois do êxito verificado com a reedição, em 2012, da Feira Franca de Maio, também conhecida como Feira das Trocas ou Feira do Burro, o município de Vila Nova de Famalicão persiste a sua aposta na valorização das suas tradições mais profundas, valorizando e dinamizando as raízes culturais de todos os famalicenses. Assim, nos próximos dias 3, 4 e 5 de maio, voltará a realizar-se uma das maiores tradições históricas do concelho, ordenada por D. Sancho I em 1205 e agora recuperada. El Rei disse: “Faça-se Feira!” e Famalicão cumpre a ordem, fazendo a Feira na forma mais original possível. Assim, o evento vai decorrer na cidade, nomeadamente, na Praceta Cupertino de Miranda e na Alameda D. Maria II, locais onde originalmente se realizava, no então denominado Campo Mouzinho de Albuquerque.
“Trata-se de uma aposta do município famalicense numa atividade de caráter tradicional que muito diz às gentes da terra. É objetivo desta dignificar também a identidade cultural do concelho e explorar as suas potencialidades sociais, culturais, económicas e turísticas”, refere a propósito o vice-presidente e vereador da Cultura e Turismo, Paulo Cunha. E acrescenta: “Pretende-se fomentar o comércio de produtos rurais e artesanais produzidos pelas gentes da terra de forma a preservar o saber e saberes fazer do povo famalicense. Esta é uma forma de também promover a confiança e a autoestima da população em tempos que todos consideram de desalento”.
Durante três dias, para além da oportunidade de poder comprar produtos hortícolas, fruta, flores, enchidos, mel, queijos, compotas e muitos outros produtos tradicionais – a maior parte deles adquiridos diretamente ao produtor –, o visitante vai poder apreciar e também poder adquirir gado bovino, caprino, suíno, cavalos, aves de capoeira, coelhos, etc.
A animação será constante ao longo do dia. Ver-se-á atravessar a feira pessoas trajadas à época, disputando uma desgarrada, dançando, trocando produtos, fazendo juras… A estas junta-se o tocador de concertina, o cantador ao desafio e outros festeiros. Ao contrário do que acontece na maioria das feiras rurais organizadas de norte a sul do país, a Feira das Trocas de Famalicão aposta numa animação tradicional “apeada”, sem necessidade de palcos e de instalações sonoras. Os tocadores e dançarinos dos grupos etnográficos do concelho vão misturar-se com o povo que vem feirar e a eles podem juntar-se todos os que quiserem trazer de casa a sua concertina, uma gaita-de-beiços ou um simples tambor ou reco-reco.
Por isso, o desafio estende-se a todos quantos queiram comparecer não apenas oriundos do concelho mas de todo o Minho e de outras paragens, acompanhados pelos seus instrumentos musicais ou mesmo envergando uma peça de vestuário “à antiga”.
Durante a feira estarão disponíveis várias tabernas onde será possível deliciar os petiscos tradicionais mais apetitosos do Minho, devidamente acompanhados pelo inigualável vinho verde, servido à malga.
Já fora de horas, pela noite dentro, numa ponte entre tradição e modernidade, a animação continua com as sugestões musicais de exímios DJ, numa festa de rua no topo sul da feira.
“Uma oportunidade para as famílias famalicenses reencontrarem a história, os usos e costumes próprios da sua terra e transmitir estes valores e património imaterial às novas gerações”, como salienta ainda Paulo Cunha.
Filomena Lamego

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