Câmara
declara interesse público de novos projetos empresariais que representam
investimento de 11,5 milhões de euros
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão acaba de
garantir a criação de 321 novos postos de trabalho no concelho através do apoio
a novos projetos empresariais que totalizam um investimento de 11,5 milhões de
euros.
Estes são os números que traduzem os projetos de seis
empresas com atividade no território famalicense, duas das quais acabadas de aqui
chegar, e que vão ser apoiados pela Câmara Municipal através da concessão de
benefícios fiscais quanto ao IMI, ao IMT e às taxas de licenciamento de
operações urbanísticas, num esforço financeiro do município que ronda o meio
milhão de euros.
As seis empresas foram contempladas com apoios ao
investimento após verem aprovadas as suas candidaturas ao programa Made 2IN que
define o interesse público de novos projetos empresariais e regulamenta os
apoios a conceder pelo município em função desse interesse.
Entre elas estão a sociedade Manuel Azevedo e a PCJM Concept
- Mobiliário Expositor Unipessoal, Lda. que, num sinal claro da atratividade do
território famalicense para o investimento, mudaram-se para o concelho de Vila
Nova de Famalicão.
A Manuel Azevedo comprou as instalações da antiga Fitor em
Avidos. Em causa está um investimento de 5 milhões de euros, com a criação de
300 postos de trabalho, apoiado pela autarquia com uma redução de 95% tanto do
IMT (Imposto Municipal sobre Transações) como do IMI (Imposto Municipal sobre
Imóveis) para os próximos cinco anos, o que representa 412.663,00 mil euros em
benefícios fiscais.
A empresa de meias e peúgas funcionais e técnicas desenvolveu
a sua atividade em Santo Tirso durante 20 anos. Agora não está apenas a iniciar
o seu negócio em Vila Nova de Famalicão como transferiu a sede social para este
concelho. Trata-se de uma empresa 100% exportadora com a Inglaterra como
principal mercado.
As outras empresas que dão corpo a estes novos investimentos
empresariais são a Vieira de Castro - Produtos Alimentares, a COMEIP - Moldes e
Cortantes, a Argacol - Tintas e Vernizes e a Ângela Sá Fernandes, Lda.
A Vieira de Castro prepara-se para investir 4 milhões de
euros na ampliação das instalações industriais, em Gavião, criando cinco novos
postos de trabalho. A Câmara Municipal aprovou a redução para metade das taxas
municipais de licenciamento das operações urbanísticas a realizar pela empresa,
num montante estimado de 16.526,66 euros, e a redução do IMI cuja estimativa
calculada para os próximos cinco anos é de 39.811,00 euros.
A COMEIP – Moldes e Cortantes, sediada em Ribeirão, vai
iniciar a construção de um edifício para fabricar habitações modulares com
estrutura em aço e revestimento exterior com novos materiais como a cortiça. Em
causa está um investimento de 1,2 milhões de euros e a criação de seis postos
de trabalho. O apoio da autarquia a este projeto consiste na redução para
metade das taxas municipais de licenciamento, num montante estimado de 6.341,25
euros.
A Argacol, também sediada em Ribeirão, vai avançar com a
construção de uma nave que servirá para reorganizar o seu layout, criando uma
nova área de armazenamento de produtos acabados, num investimento de 600 mil
euros e seis novos postos de trabalho. O apoio da autarquia a este projeto
consiste na redução para metade das taxas municipais de licenciamento, num
montante estimado de 3.411,20 euros, e na redução do IMI cuja estimativa
calculada para os próximos cinco anos é de 7.425,00 euros.
A sociedade Ângela Sá Fernandes, Lda. solicitou apoio para a
aquisição de um terreno e a construção de um edifício, em Lousado, no montante
de 350 mil euros, prevendo a criação de um posto de trabalho. A Câmara
Municipal aprovou a redução para metade das taxas municipais de licenciamento,
num montante estimado de 2.793,08 euros, e a redução do IMI cuja estimativa
calculada para os próximos cinco anos é de 853 euros.
Por fim, a PCJM Concept - Mobiliário Expositor Unipessoal,
Lda. escolheu o concelho famalicense, mais concretamente a freguesia de
Oliveira S. Mateus, para expandir o negócio após a ampliação e alteração do uso
de uma construção licenciada para armazém, num investimento de 298.225,08
euros. O apoio da autarquia a este projeto consiste na redução para metade das
taxas municipais de licenciamento, num montante estimado de 2.058,40 euros.
Para além dos benefícios fiscais concedidos a estes projetos
por via da declaração do seu interesse público, a Câmara Municipal atribui um
gestor de processo a cada um deles, assegurando assim uma estreita colaboração
com os empresários.
As propostas
destes novos investimentos empresariais foram aprovadas nas duas últimas
reuniões do executivo camarário, realizadas a 6 de agosto e a 3 de setembro. O
Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, congratula-se com estes novos
investimentos, considerando que “são mais um sinal da atratividade do
território em termos empresariais e ajudam a reforçar Vila Nova de Famalicão
como um dos principais centros industriais de Portugal, com empresas de
referência nacional e internacional, fundamentais no robustecimento da economia
portuguesa”.
Ana Filipa Ribeiro
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