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terça-feira, 7 de junho de 2011

"As armas e os barões assinalados..."

1 - As notáveis cabeças fumegantes que o acaso (com muito dinheiro à mistura) colocou um dia à frente dos destinos do município,à míngua de obra própria (ou sequer coisa parecida) vão empenhar-se, já no próximo sábado,dia 11,nas denominadas "Comemorações do Cinquentenário da Inauguração do Edifício da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão (nem mais,nem menos),a obra emblemática de um dos grandes vultos da nossa história local,de seu nome Álvaro Folhadela Marques.

2 - As eleições autárquicas estão já num horizonte bem visível,e à falta de produção própria, qualquer manigância serve para estampar nas primeiras páginas dos jornais,nos boletins municipais,nas centenas de cartazes que atafulham a paisagem e nos demais artefactos de propaganda do regime (aqui sim,são verdadeiros artistas),para tentar encher o olho ao "Zé Povinho" que já anda por aí desconfiado e a perguntar o que fizeram "eles" nestes últimos doze anos de sucessivos mandatos autárquicos,onde previamente haviam anunciado "um grande projecto para Famalicão".Onde está ele ???

3 - Das "ditas cujas" comemorações,registo para um concerto musical de bandas do concelho,descerramento da habitual placa comemorativa (aqui só pode aparecer o nome de Álvaro Folhadela Marques,qualquer outro será revisionismo histórico),sessão solene com o também habitual discurso laudatório produzido, como sempre, pelos tarimbados assessores(ética,ética e mais ética),e pasme-se (ai Jesus !!!),plantação de uma árvore nos jardins dos Paços do Concelho, pelo "cabeça de cartaz" da companhia,exactamente o mesmo que licenciou (alguns anos atrás) o derrube de muitas dezenas de milhares,em Fradelos,destruindo a maior mancha florestal do concelho perante a veemente oposição dos técnicos do Ministério da Agricultura consultados na altura.

4 - Estando com a mão na massa na promoção da obra alheia,poderiam aproveitar a embalagem para também recordar uma outra obra emblemática de Álvaro Folhadela Marques (sempre em tempos difíceis do pós-guerra),o tão discutido Estádio Municipal,sem "placas","plaquinhas","muros" ou "murinhos".Simplesmente Campo dos Bargos,por onde desfilaram durante mais de cinquenta anos,as maiores figuras do futebol nacional.Mais cedo ou mais tarde,"há mais marés que marinheiros",Famalicão terá de saldar a enorme dívida contraída com o saudoso autarca,recordado ainda hoje com respeito e veneração pela comunidade famalicense.É fatal.Como o destino.
Raul Tavares Bastos



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