Voltaram os fogos florestais!
Estando o ano 2005 em lume vivo, uma carta aberta alertou para as "políticas falhadas"!
Que se fez, de então para cá? Mais "políticas". Ou talvez a "política do «mais»: «mais» sapadores, «mais» protecção civil, «mais» duplicação de serviços e competências e atribuições. Sim, e «mais» umas entidades (não “lucrativas”) sedentas de milhões de euros condenados às labaredas das matas.
Tudo isto - é o que se faz pensar, e é o que se diz - por causa do supostamente "mais" tolo dos envolvidos: o proprietário. O proprietário seria o descuidado. O ser obstinado e perigoso que teima em não limpar a floresta com o mesmo cuidado com que devia lavar os dentes.
Mas alguém já pensou se o proprietário tem algum incentivo - e, já agora, algum tostão - para essa "higiene ambiental"?
A política do "mais", alguma vez se lembrou do proprietário? Aliás, o proprietário nem sequer deseja «mais» dinheiro. O proprietário fica contente com menos "chatices burocráticas", e menos "insinuações".
Mas, nada disso. O Sr. Ministro da Agricultura veio, sim, ameaçar que o Estado ainda vai tomar conta de propriedades “abandonadas”. E disse a ameaça em tom cândido, como se o Estado tivesse o seu mato num mimo!
Até quando temos de tolerar esta insensatez?
Melhor seria que o Governo pusesse, primeiro, as mãos na consciência e percebesse que o caminho passa por:
1. reforçar o vínculo do proprietário à sua propriedade, num verdadeiro sentido de coesão Nacional
2. definir uma estratégia clara do ordenamento do território que seja uma orientação fácil e um estímulo para o investimento seguro dos interessados.
Artur Mesquita Guimarães
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