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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Paços do Concelho de Famalicão abre as portas aos cidadãos



O edifício dos Paços do Concelho vai estar, em breve, de portas abertas a todos os munícipes que queiram conhecer este património autárquico por dentro. Os interessados poderão assim percorrer os corredores, conhecer os gabinetes e visitar os espaços de decisão deste cinquentenário edifício. A novidade foi avançada, nesta segunda-feira, pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, durante a inauguração da exposição “Cidade e Arquitetura - Património Arquitetónico do século XX:1910-1974”, que está patente no departamento do Urbanismo da autarquia. De acordo com o autarca, o objetivo “é promover uma aproximação cada vez maior entre governantes e governados, entre políticos e munícipes”.
Para Paulo Cunha, “o edifício dos Paços do Concelho, projetado pelo arquiteto Januário Godinho e inaugurado em 1961, mantém as marcas do tempo, arrastando consigo fatos e episódios que fazem parte da memória coletiva famalicense”. “A arquitetura tem precisamente esta vertente de fazer perpetuar a memória”, salientou ainda.
A exposição resulta de uma parceria no âmbito do Programa de Bolsas de Investigação na Área da Cidade e da Arquitetura 2011/2012, destinado a jovens arquitetos e apresenta os 10 trabalhos de investigação realizados no território dos municípios parceiros – Guimarães, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Paredes, Porto, Santa Maria da Feira e Vila Nova de Famalicão. 
A exposição está aberta ao público no Departamento Municipal de Planeamento e Gestão Urbanística até 30 de maio, durante o horário de funcionamento dos serviços com entrada livre.
O contributo da Fábrica Sampaio, Ferreira & Cª para o desenvolvimento industrial e urbano de Riba d’Ave é o tema de um dos dez trabalhos de investigação premiados pelo Programa de Bolsas de Investigação que está patente na exposição.
As duas jovens arquitetas autoras do estudo Margarida Leitão e Vânia Saraiva afirmaram que o agora abandonado centro industrial está “transformado numa aldeia urbana museificada”, de desenvolvimento irregular, podendo definir-se “como território transgénico onde a diluição de fronteiras em confluência com outros fatores, fez emergir um paradigmático modelo de rurbanização industrial”.
Com o estudo ‘Riba d’Ave Industrial’ destaca-se também “a importância do papel urbanizador da Família Ferreira”, responsável pela edificação de equipamentos como o Posto da GNR, Escola, Hospital, Teatro, Igreja, Mercado, Estalagem, Correios, Café, Quartel dos Bombeiros, Externato e bairros operários.
Entretanto, refira-se que a Câmara Municipal de Famalicão tem mostrado a vontade de contrariar a museificação deste antigo polo industrial têxtil do Vale do Ave.

Ana Filipa Ribeiro

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