O proprietário alega ter colocado os antiquários da região de sobreaviso, silicitando que o avisassem caso alguém tentasse vender um crocodilo em bronze. Mais de um ano depois haveria de ser contactado por um comerciante de peças usadas, que dizia ter sido procurado por uma senhora que lhe queria vender um. Segundo o comerciante, e segundo o legítimo proprietário do objecto, a senhora em causa era Maria da Natividade, mais conhecida por "Espalha Brasas". De comum acordo, antiquário e proprietário lesado engendraram um encontro com o falso propósito de adquirir o crocodilo. Nesse mesmo encontro o proprietário confirmou ser o objecto que lhe tinha sido furtado, tendo informado as autoridades.
O objecto em bronze, sobre cujo valor se especulou em sala de audiência, viu-lhe atribuído valores bem díspares entre dono e antiquário. Enquanto que o primeiro admite que valha mais de dez mil euros, o segundo afirma tê-lo vista à venda por cinco mil.
Na quarta sessão do julgamento destaque ainda para a audição de um conjunto de comerciantes e cidadãos lesados, ora por dívidas, ora pelo furto de cheques. Relativamente aos comerciantes foi invocado o nome do proprietário de um talho nas Lameiras, Diamantino, que desapareceu no dia em que os arguidos foram detidos e acabaria por ser encontrado morte no Rio Ave. Segundo uma testemunha decorria uma execução do comerciante contra Maria da Natividade, a propósito de uma dívida na ordem dos 8500 euros. A dívida nunca foi cobrada, uma vez que "Esapalha Brasas" a tentou pagar, num primeiro momento, com um cheque duma conta encerrada, e num segundo momento com um cheque dado como roubado.
Sandra Ribeiro Gonçalves
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