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quinta-feira, 4 de março de 2010

Paulo Brandão uma referência na cultura

Paulo Brandão foi o Director / Programador da Casa das Artes de Famalicão entre 2002 e 2005. É ao Paulo Brandão que Famalicão tem de agradecer a projecção que foi dada àquela Casa no plano artístico-cultural, e o prestígio que alcançou . Paulo Brandão conhece bem o universo das Artes ; o seu espaço ético e estético; o cruzamento e a sua relação interdisciplinar . Paulo Brandão é um profissional completo.
Não foi o acaso que levou Paulo Brandão a ser o Programador escolhido para organizar o plano de reabertura e funcionamento do Theatro Circo de Braga depois das grandiosas obras de recuperação do edifício em que a Câmara Municipal daquela cidade apostou, com um monumental investimento financeiro.
Paulo Brandão acaba de rescindir amigavelmente o contrato que o prendia ao Theatro Circo.
A vida é constituída por ciclos. Ciclos de mudança que avançam para projectos com outra grandeza e outra temporalidade. Depois da sua passagem com êxito pelo Teatro Nacional S. João, pela Casa das Artes , pelo Theatro Circo de Braga , Paulo Brandão, um homem de acção, terá outras coisas para realizar.
Claro que Paulo Brandão deverá ter sentido algumas dificuldades na passagem por Braga como as sentiu em Famalicão. Lidar com determinados tipo de actores políticos obriga a alguns contorcionismos e jogos de cintura, mas a que não se podem permitir o estrangulamento da dignidade pessoal. Gerir um projecto a partir de uma direcção bicéfala parece-me o primeiro passo para o fracasso.
Paulo Brandão continuará como uma referência da Cultura que Famalicão está obrigado a reconhecer. Pela minha parte espero pelo anúncio da sua próxima aposta.
Edna Cardoso

1 comentário:

C. de Sousa disse...

Porque é já do domínio público, permito-me acrescentar ao post da professora Edna Cardoso que Paulo Brandão está apontado para ser um dos programadores da Guimarães Capital Europeia da Cultura, em 2012.
Por que é que Famalicão não consegue fixar e mobilizar os seus melhores agentes cuturais e eles têm de "emigrar" para verem o seu real valor reconhecido?
Deve haver várias respostas, mas eu estou certo de uma: temos um governo municipal que investe mais facilmente em adros de igreja e foguetórios de efeito político e mediático imediato, tipo tiro e queda, do que em planeamento, estratégia, equipas multidisciplinares e competências com efeito reprodutor a médio e longo prazos.
É que para gerir uma Câmara como a nossa é preciso visão, um bem escasso ali para a Praça Álvaro Marques, onde só o topónimo faz juz a essa qualidade rara que diferencia os capazes da mediania cinzenta.
Felicidades para este Famalicense que, há menos de um mês, se se recordarem, o JN apresentava como exemplo da qualidade da nossa "massa cinzenta" que pontuava na vida cultural de Braga.
Na Cultura como na política, por que é que não somos capazes de puxar o lustro à nossa auto-estima e de dar oportunidades aos nossos melhores valors e os trocamos por produtos importados fora do prazo de validade (como Lauro António, por exemplo)? Ainda gostava de ver em VNF um festival de cinema concebido e montado por Paulo Brandão...
Carlos de Sousa