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terça-feira, 16 de março de 2010

Pedro Cruz e Silva escreve no “Povo” sobre a Concelhia do PS

Um dos muitos pontos de interesse da edição de O Povo Famalicense desta semana, que hoje começa a ser distribuída, é o espaço de opinião. Desta feita, escrevem o deputado municipal Raul Tavares Bastos, sobre o momento político autárquico, e o advogado Pedro Cruz e Silva, membro da Comissão Política Concelhia do PS em fim de mandato, que escreve sobre as eleições internas no seu partido.
Num artigo intitulado “Cinco tópicos para um Partido Socialista de 2010”, o dirigente local socialista defende que o PS em Famalicão deve “apontar ao futuro”, uma vez que, considera, “não é o momento para mais reflexão” sobre a derrota nas autárquicas de Outubro. Defende para a concelhia socialista uma estratégia que passa por cinco objectivos. São eles “ganhar, reorganizar, renovar, reagrupar e intervir”.
No capítulo da reorganização da estrutura local do PS, Pedro Cruz e Silva escreve isto:
“Não é segredo nem verdade mal escondida que o PS tem estado, nos últimos largos anos, refém de sindicatos de voto, cujos protagonistas (que não coincidem com os seus dirigentes) detêm uma autoridade partidária inversamente proporcional à sua credibilidade política. Por assim ser, o PS tem estado com os pés presos, numa espécie de lodo pantanoso, que já não só lhe dificulta o caminhar: impede-o totalmente. É, por isso, inadiável que se afronte este problema. Como? Impondo, por exemplo, a regra de que os militantes devem proceder ao pagamento das suas quotas até ao dia 31 de Janeiro de cada ano civil, independentemente de ser ano de eleições internas. A falta de pagamento tempestivo das quotas acarreta, nos termos estatutários, a exclusão do militante. Se assim for, o PS ganha uma fonte de financiamento regular e torna absolutamente transparente, como se impõe, a sua relação com os militantes. Só é militante do PS quem quer; e quem quer, sabe que tem que pagar, pessoalmente, as suas quotas”.
Para o articulista, o PS “deve estar (…) no cerne da vida real, junto dos empresários e dos trabalhadores, reunindo com os sindicatos e com os meios universitários, ouvindo as associações e acompanhando a vida social, cultural, económica, académica e desportiva local”. Este tipo de actividades deve ser permanente, salienta, fazendo-se “todos os dias do ano (…) e não a seis meses de cada eleição autárquica”.
Não esqueça: pode ler a versão integral do artigo na edição impressa do seu O Povo Famalicense.

Filomena Lamego

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