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quinta-feira, 3 de março de 2011

112 Irresponsabilidade ou falta de Profissionalismo

O inacreditável aconteceu em pleno século XXI, no passado sábado dia 19 de Fevereiro de 2011 pelas 21:55 horas no salão paroquial da Vila de Ribeirão V.N.Famalicão quando cerca de duas centenas de pessoas se preparavam para assistir a um espectáculo de variedades promovido pela Associação Acreditar a favor das crianças vítimas de cancro, inserido no projecto área escola de uma turma D.Sancho de V.N.Famalicão.

Eis que de repente uma jovem aluna se sente doente, aproximou-se da porta de saída logo apoiada por uma amiga. Como estava por perto e apercebendo-me do que se estava a passar, julgando tratar-se de alguma quebra de tensão visto ela dizer que não se sentia bem, logo arranjei um copo de água com açúcar que ela bebeu.

A mesma continuava dizendo que tinha uma dor muito forte na cabeça acabando por desmaiar. Preocupados ligamos para o 112 seria muito perto das 22:00, a resposta depois de algumas perguntas foram que ligássemos á Cruz Vermelha de Ribeirão, procedimento esse que eu achei não ser muito correcto, pois eles é que o deveriam de fazer. No entanto perante a gravidade da situação fiz uma chamada para a Cruz Vermelha por volta das 22:03 pedindo o transporte da doente ao hospital.

A Cruz Vermelha de Ribeirão respondeu-me que não podia fazer o serviço porque estava ocupada com uma emergência em Fradelos, mas para ligar ao 112 ao que respondi que já o tinha feito! Então eles mesmos me forneceram o número dos Bombeiros Voluntários de Famalicão para eu solicitar a respectiva ajuda.

22:04 Liguei para os Bombeiros quando estes me atenderam obti inicialmente como resposta que nós tínhamos a Cruz Vermelha, mais uma vez falei que eles estavam num serviço e que não nos podiam socorrer, e que eles mesmos nos forneceram o número.

Depois de breves momentos de silêncio, voltou a falar um senhor que penso ser do Codu, mais um interrogatório sobre o estado da doente, durante alguns minutos para depois me informar que uma ambulância já vinha a caminho!

Os minutos passavam e da ambulância nem sinal, novamente a ligação, novamente o pedido de ajuda, novamente um novo interrogatório!

Só por perto das 22:30 é que assistindo ao espectáculo de variedades que decorria ali ao lado dentro do salão é que um jovem se apercebendo do sucedido, veio cá fora e ligou ele mesmo para os Bombeiros solicitando ajuda, soube depois que esse jovem era bombeiro voluntário dessa mesma corporação.

Volvidos +- 5 a 7 minutos após a sua chamada finalmente surgiu a ambulância para socorrer a jovem que já tinha desmaiado várias vezes e se encontrava prostrada no chão no meio de uma sala.

Entre o primeiro pedido de socorro e a chegada da ambulância passaram-se uns longos 35 a 40 minutos, mais grave ainda é que a ambulância só saiu perante o pedido deste último, pois todos os telefonemas por mim efectuados nunca foram tidos em conta mais ainda a ambulância que anteriormente me tinham falado que já vinha a caminho nunca apareceu!

Pergunto: Para que serve o 112? Está servido por profissionais ou amadores?

Uma dor muito forte na cabeça de forma inexplicável seguido de desmaio, sem antecedentes que o justifique não merece um socorro rápido, mesmo que seja apenas numa primeira fase os bombeiros?

Deve em tudo imperar o benefício da dúvida, quem garante que a pessoa que dá a informação pode avaliar o real problema da doente! E como alguém que está do outro lado pode decidir se deve ou não ter o merecido socorro se não vê a vítima.

Perante isto o mais sensato era agir e depois no local avaliar. Não tenho dúvidas que se aquela dor repentina e muito forte na cabeça, fosse um aneurisma cerebral, estaríamos agora a lamentar danos irreversíveis mas supostamente evitáveis, ou já não estaria entre os vivos para falar.

Foram uns longos e penosos 35 a 40 minutos à espera do socorro, mais grave é que o local da vítima estava bem identificado e a uns míseros 7 km de boas estradas e fora de hora de ponta!

Não à Justificação possível para o sucedido!?

José Oliveira

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