Manuel Cunha
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Falta participação pública, mas sobram problemas e assuntos
O título traduz mais ou menos a preocupação expressa pelo Dr.António Cândido de Oliveira, na sua última crónica publicada no "Povo Famalicense". Se, por um lado, estamos inteiramente de acordo com o vazio de ideias reportado pelo Dr. Cândido de Oliveira, não podemos, contudo, deixar de manifestar-nos contra a ideia redutora de "participação pública" por si afirmada, perspectivando-a apenas no âmbito dos autarcas que compõem os órgãos municipais. É que no percurso da nossa Democracia, essa gente tem sido acomodatícia, movendo-se sobretudo pela ânsia do poder, que para ela está muito mais nos corredores e gabinetes das instituições, do que no debate público e sério das ideias e objectivos. A seguir às eleições hibernam, já que até às próximas é o tempo dos lacraus. Com tantas perguntas a procurar respostas e tanto para analisar e explicar, esses cidadãos, investidos em funções públicas pelo povo, a quem deveriam prestar contas, ficam quedos e mudos, como se nada fosse com eles. Por isso, a participação pública que faz falta é a dos cidadãos em geral, e principalmente a daqueles que ainda têm vontade para fazer a história da cidade, do concelho e da região, fugindo ao corrupio dos novos sátrapas. Face à situação que estamos a viver no país e localmente, é notória de facto a ausência de um debate frontal e pedagógico, que explique as verdadeiras causas que estão a levar à derrocada da vida colectiva. Ora, é para essa participação que devem ser convocados os famalicenses.