Destaque para uma comerciante de fruta e legumes, a quem Maria da Natividade pagou uma conta de cerca de 700 com um cheque sem cobertura. Alegadamente este seria um cheque furtado, tal como outro que terá sido passado a uma comerciante de café, a quem Maria da Natividade também ficou a dever dinheiro.
A comerciante de fruta e legumes afirmou ter tentado resgatar a dívida junto da arguida, já depois de lhe ter devolvido o cheque e ter tido promessas de aos poucos ser ressarcida. Numa descrição que suscitou o riso na sala de audiência, a comerciante diz que chegou a ir para a porta de Maria da Natividade, em Requião, advertindo que só dali saía com o dinheiro que lhe era devido. Afirma ter sido ameaçada de morte pelo filho de "Espalha Brasas". "Levas mas é um tiro na cabeça, que arrumo contigo", referiu a comerciante invocando as palavras que na altura lhe foram proferidas pelo também arguido. "E então?", questionou o Procurador do Ministério Público. "Então peguei no camião, fiz marcha atrás e meti-lhe o portão dentro!", relatou.
Nesta sessão prestaram ainda depoimento diversos militares da GNR envolvidos nas diligências de investigação e buscas. Todos eles acompanharam em diversos momentos alguns dos arguidos, mas nenhum testemunho alguma transacção ilícita.
Um outro empresário do ramo audiovisual, a quem foi furtado diverso material, incluindo dois camiões, referiu que no âmbito da operação da GNR que deu origem ao presente processo, lhe foi devolvida uma parte. Segundo o empresário, tendo por base a informação que lhe foi dada pelos soldados da GNR de Santo Tirso, parte do material furtado terá sido encontrado nas buscas realizadas a uma casa em Lavra (Matosinhos), onde alegadamente residem vários membros de uma mesma família, arguidos no processo.
Sandra Ribeiro Gonçalves
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