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terça-feira, 30 de julho de 2013

Boticas vai criar réplica do balneário do Castro do Alto das Eiras, descoberto em Famalicão

O município de Boticas, localizado no distrito de Vila Real, vai construir uma réplica fiel do balneário do Castro do Alto das Eiras, descoberto em Vila Nova de Famalicão, para colocar no espaço exterior do Núcleo Museológico do Centro Europeu de Documentação e Interpretação de Escultura Castreja, sito nesta localidade de Trás-os-Montes. Para isso, foi celebrado, no passado sábado, dia 27, um protocolo de colaboração entre os dois municípios, na presença do presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa e do presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Campos. Ambos os autarcas mostraram-se satisfeitos com o acordo celebrado, referindo que será “uma mais-valia na promoção e valorização do património histórico e cultural, de Portugal”.
O documento, estabelece, assim, um quadro de colaboração entre Vila Nova de Famalicão e Boticas, no que diz respeito à investigação, conservação, defesa, exposição e divulgação do seu património cultural, visando primordialmente promover a valorização das suas estações arqueológicas, em particular as que se enquadram na Rede de Castros do Noroeste Peninsular.
Neste sentido, o município de Vila Nova de Famalicão compromete-se a fornecer o desenho digitalizado das estruturas e peças, em planta e alçado, do Balneário Castrejo do Castro das Eiras, nos moldes do projeto denominado “Pedra Formosa”, segundo as indicações e execução do gabinete municipal de arqueologia. Por sua vez, o município de Boticas compromete-se a reconstituir o referido monumento arqueológico, com rigor científico e técnico, de molde a poder funcionar em termos de arqueologia experimental, respeitando a referência original como “Balneário Castrejo do castro das Eiras, Pousada de Saramagos, Vila Nova de Famalicão”.
Ambas as partes se comprometem a promover ações de colaboração entre os respetivos serviços na área do património e de divulgação dos respetivos bens patrimoniais.
Refira-se que a investigação arqueológica desenvolvida no concelho famalicense com destaque para a época proto-histórica e a escavação de alguns castros, levou à importante descoberta do “Balneário Castrejo do Castro das Eiras, Pousada de Saramagos”, cuja estela a que se dá o nome de “Pedra Formosa”, está profusamente decorada e serviu já de nome a uma exposição que teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia, numa organização conjunta daquele Museu e da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

Identificado por Martins Sarmento em 1880 e escavado em 1990 pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, sob a direção de Queiroga e A. P. Dinis, o monumento revelou uma composição arquitetónica, com átrio, ante-câmara, câmara e fornalha, e elementos decorativos como os de outros monumentos congéneres destinado a banhos públicos. De relevar a riqueza ornamental da sua Pedra Formosa. Neste momento, a autarquia colocou a reconstituição desta relíquia no Parque da Devesa, abrindo o espaço à vertente educativa.  
Ana Filipa Ribeiro

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